Workshop EU CO2 80/50 Climate/Urban Change – notas das reuniões

por | Nov 11, 2010 | sem categoria | 1 Comentário

Realizou-se em Outubro o Workshop EU CO2 80/50 Climate/Urban Change.

Um projecto que Área Metropolitana do Porto (AMP) está a desenvolver, em conjunto com catorze regiões metropolitanas europeias, que visa o concurso da AMP para o cumprimento da meta estabelecida pela União Europeia de “Reduzir as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE as das Áreas Metropolitanas em 80% até 2050 em comparação a 1990”.

O workshop teve como base de partida este Enquadramento Económico e Energético e esta Introdução.

Dos 3 dias de workshop foi elaborado o seguinte documento que a AMP nos enviou e que reproduzimos em baixo

Porto – Sumário do Dia 1

População e Economia:
População

  • A população no Porto manter-se-á constante por razões que competem entre si:
    • Unidades familiares mais pequenas
    • Migração para o Sul de Portugal
    • Migração doméstica do interior do país para cidades costeiras, como o Porto, para procura de educação e emprego
  • A população nacional tem crescido pouco, com o Porto a reter uma parte ainda menor da população nacional – redução de 1% a 13%
  • A densidade familiar decresce porque:
    • Jovens saem de casa mais cedo à procura de emprego e de educação
  • superior
    • Os mais velhos moram sozinhos
    • Há um aumento do nº de famílias monoparentai
    • Que levou a que fossem construídas novas casas
  • As alterações climáticas não influenciam a população nem as famílias (casa/família) porque:
    • As oportunidades económicas e os factores sociais são os maiores determinantes da localização geográfica da população portuguesa.

Economia

  • A percentagem de pessoas empregues na administração pública diminuirá em 40% devido a uma reestruturação do orçamento nacional.
  • Existirá um aumento na população empregue na indústria
  • Existirá um aumento significativo na população empregue no sector comercial
  • A economia irá crescer em média 1,5% ao ano
  • O Porto irá aumentar o seu peso na economia nacional: de 18% para 20%

Sector Residencial

Eficiência Energética

  • Crescimento modesto na eficiência, de 18%, devido a:
    • Existência de mais equipamentos eléctricos
    • Aumento do uso de ar condicionado

Combustíveis e tecnologias para aquecimento/arrefecimento

  • O uso do petróleo para aquecimento diminui em 3%
  • O uso de gás natural aumenta para 50%, substituindo o aquecimento eléctrico
  • Mais de um quarto do aquecimento será de origem renovável, incluindo geotérmica por bombas de calor
  • Existirá alguma implementação da cogeração, apesar de continuar representar uma pequena proporção do valor global

Produção Local

  • 15% da electricidade consumida nas habitações será produzida por fontes renováveis locais, devido a:
    • Incentivos fiscais
    • Não há crescimento ainda maior que este por causa da (in)viabilidadeeconómica e espaço disponível nos telhados

Produção Nacional

  • Portugal está ligado à rede europeia, mas não estará ainda completamente integrado
  • A quantidade de electricidade produzida na região será similar à de 2005.
  • Haverá uma diminuição na quantidade de produção eléctrica com carvão, mas com uma maior % de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS)
  • A produção de energia eólica offshore terá algum sucesso.
  • Pouco aumento da restante produção eólica no continente (2%)
  • A subida na percentagem de produção eléctrica de origem renovável será limitada por aspectos tecnológicos
  • Apesar da disponibilidade de radiação para energia solar, as limitações de espaço resultam numa restrição à produção de electricidade em larga escala por esta via.
  • As perdas na distribuição diminuirão para metade, e reduz portanto significativamente o seu impacto na produção de electricidade.

Transporte Rodoviário

  • O nº de quilómetros percorridos sofrerá uma descida controlada
  • As pessoas irão usar mais transportes públicos e ‘car-sharing’ ao invés de automóveis com 1 só ocupante
  • Os combustíveis fósseis continuarão a ser o combustível dominante utilizado pelos veículos rodoviários: 75%.
  • Estes veículos tornar-se-ão moderadamente mais eficientes
  • Existirá um equilíbrio entre veículos a hidrogénio e a electricidade, apesar de ambos representarem ainda uma fatia muito menor em relação aos veículos a combustíveis ‘tradicionais’.

Outros transportes

  • A linha de metro terá mais que duplicado de tamanho, permitindo transporte ferroviário a/de outras partes da região.
  • Devido a melhorias na eficiência, a subida no consumo de energia dos transportes ferroviários será comparativamente menor.
  • Será instalada uma passagem marítima V.N. Gaia-Porto aumentando um pouco a actividade do sector do transporte marítimo.
  • Os quilómetros percorridos pela aviação crescerão aproximadamente 10%
  • Houve um aumento na quantidade de biocombustíveis utilizados na aviação, apesar de corresponder apenas a um máximo de 10% no mix de combustível.

Indústria

  • Será 30% mais eficiente em termos de utilização de energia por unidade de output económico.
  • Existirá algum ‘fuel switching’, com algum aumento do uso de cogeração a gás natural.
  • A indústria continuará dominada por combustíveis fósseis.
  • Grande parte dos 21% estimados de redução de emissões resulta de variações na oferta de electricidade.

Serviços

  • Este é o sector vanguardista em termos de eficiência energética, reduzindo proporcionalmente o uso de energia muito mais que os sectores residencial e industrial.
  • Devido a uma maior disponibilidade de espaço neste sector existirá um grande crescimento da produção de energia renovável local: 27% de calor e 20% de electricidade.
  • Devido à dimensão de determinadas unidades, tal como supermercados, existe uma subida na utilização de cogeração.

Indústria energética

  • Continuará a existir uma refinaria de petróleo na região, apesar de mais pequena.
  • Existe agora uma central de separação de gás a trabalhar que providencia o necessário para atender ao aumento da procura de gás natural.

Porto – Sumário do Dia 2

População e Economia:
População

  • A população crescerá aproximadamente 1% por ano até 2 200 000.
  • (Este crescimento abrandou até antes de 2010, após 50 anos de forte crescimento)
  • O crescimento no Sul em redor da cidade de Lisboa chegou a um ponto de saturação, o que resulta que grande percentagem do crescimento populacional será no Norte.
  • A % de população nacional residente na AMP crescerá de 14% para 16%.
  • O nº de pessoas por unidade familiar será de 2.5 (cresceu de 2,2 agora) devido:
    • Circunstâncias económicas que levam a uma maior impossibilidade de suportar lares de acolhimento de idosos
    • Aumento na taxa de natalidade.

Economia

  • A taxa de crescimento económico será moderada: 10% em média no máximo até 2050, reflectindo um período de baixo crescimento após 2005.
  • Serão necessários ganhos de eficiência produtiva na administração pública, e portanto este sector decrescerá para 40%.
  • O sector comercial crescerá para 38%.
  • A agricultura crescerá para 3%, reflectindo o aumento no valor financeiro dos seus produtos, tanto no mercado regional como no internacional.

Sector Residencial

  • O uso global de energia eléctrica e térmica diminuirá 2% e 19%, respectivamente, o que quer dizer que cada família/casa utilizará em média menos 15% de electricidade e menos 30% de energia térmica.
  • Apesar das pessoas possuírem mais aparelhos eléctricos em casa, as melhorias de eficiência significam que o consumo de energia eléctrica globalmente descerá. O “Smart metering”, incluindo a informação em tempo-real, motivará e facilitará mudanças comportamentais.
  • 20% de electricidade e 25% do calor provirão da produção local por renováveis. 80% desta produção local será solar.
  • Os biocombustíveis continuarão a ser uma parte importante do aquecimento residencial (38%), onde os combustíveis fósseis continuarão a representar 37% do mix: 20% de gás natural e 17% de petróleo.

Produção Nacional

  • Portugal continuará a manter relações de troca de electricidade com Espanha
  • A proporção de electricidade produzida na região crescerá para 14% da produção nacional, principalmente em resultado do acréscimo de eólico, solar e biomassa, com metade da biomassa a corresponder a RSU.
  • A nível nacional o carvão (35%) e o gás (24%) continuam a ser os principais combustíveis da produção de electricidade, com algum desenvolvimento do CCS para carvão (2% adicionais).
  • O restante do mix energético provém de renováveis: eólico (12%), hídrica (12%), solar (10%), e biomassa (5%).

Aviação

  • A preocupação com as emissões levou a um crescimento da aviação mais modesto que no início do século.
  • Haverá uma subida de 12% dos quilómetros percorridos desde 2005, e consequentemente uma subida de 8% no consumo de energia, indicando uma melhoria na eficiência energética.
  • O petróleo continua a ser o maior combustível, mas com desenvolvimentos significativos nos biocombustíveis (20%), e com início do uso do hidrogénio (2%).
  • A electricidade será usada para puxar os aviões estacionados, reduzindo assim o combustível utilizado pelos aviões nestes momentos.

Transportes

  • O petróleo (45%) continuará a ser o maior combustível, mas tanto os biocombustíveis como a electricidade também conseguirão quotas algo significativas de 25% e 20% respectivamente. O restante do mix energético será de 2% de hidrogénio, 6% de gás natural, e 2% de GPL.
  • Os veículos eléctricos tornar-se-ão populares nas áreas urbanas, onde as distâncias percorridas tenderão a ser mais curtas.
  • Existirá um aumento de 6% nos quilómetros percorridos, e 2% de aumento no global da energia consumida. Este crescimento modesto dos quilómetros percorridos deriva da transição da utilização do automóvel privado individual para o transporte público.
  • O transporte ferroviário verá subir o número de quilómetros percorridos em 15%, mas ainda assim diminuirá a energia utilizada em 15%, reflectindo uma transferência modal para este tipo de transporte, e o consequente desenvolvimento de sistemas ferroviários leves, modernos e mais eficientes energeticamente.

Indústria

  • Porque os processos, as infraestruturas e os edifícios tornar-se-ão mais eficientes e o tipo de indústria virar-se-á mais para a biotecnologia, em alternativa à indústria pesada, o consumo de energia eléctrica descerá em 20% e da térmica também em 20%.
  • Existirão mais oportunidades para a produção renovável local nos edifícios industriais, relativamente ao sector residencial (mais espaço nos telhados, por exemplo): 30% para electricidade e 25% para térmico.
  • A cogeração irá providenciar 10% das necessidades térmicas (70% via gás natural e 30% via biodiesel), e 35% das eléctricas
  • Os combustíveis fósseis suprirão 40% das necessidades térmicas (35% gás natural e 5% petróleo).

Serviços

  • O sector dos serviços será muito similar ao residencial, mas com locais maiores haverá mais oportunidades para cogeração (70% gás natural e 30% biocombustível). A cogeração corresponderá a 15% da energia térmica.

Porto – Sumário do Dia 3

População e Economia:
População

  • A AMP atingiu um ponto de saturação relativamente à população e as políticas para manter as pessoas no interior do país vão minimizar o crescimento. O número populacional manteve-se idêntico ao de 2005.
  • A percentagem de população da AMP aumentou de 14% para 16% relativamente à população nacional.
  • No início do século as circunstâncias económicas significavam que as pessoas tendiam a viver juntas para poupar dinheiro.
  • Com o aumento da mobilidade houve uma redução do número de núcleos familiares; há uma tendência social na qual as crianças saem de casa mais cedo; e as pessoas têm menos filhos.
  • Verificou-se um aumento do número de habitantes na AMP de 765.068 para 800.000. O mesmo se verificou no resto do país.

Economia

  • Houve um forte crescimento económico, de 3% em média, que reflecte um período de baixo crescimento no início do século que foi seguido por uma recuperação e crescimento a longo termo.
  • Este crescimento aconteceu fora do sector de administração pública. A divisão na economia mudou a indústria para 25%, comércio para 35% e reduziu a administração pública para 30%.
  • A agricultura aumentou a sua parte para 10% devido ao aumento dos custos de transporte, levando à necessidade de produção local. A quantidade de indústria directamente relacionada com agricultura também aumentou.

Sector Residencial

  • Em geral, o consumo de energia eléctrica e de calor diminuiu 20% e 10%respectivamente.
  • Apesar de existirem mais aplicações nas casas, os melhoramentos em eficiência significam que o consumo de energia eléctrica diminuiu. Contadores inteligentes incluindo informação em tempo real motivam e facilitam
  • mudanças comportamentais.
  • 20% de electricidade e 25% de calor provêem de fontes renováveis onsite; na sua maioria de energia solar (80% em cada caso).
  • A biomassa continua a ser uma parte importante do aquecimento residencial (38%), e os combustíveis de carbono continuam a fazer parte em 37% da mistura: gás natural (20%) e petróleo (17%).

Produção Nacional

  • Portugal continua comercializar electricidade com Espanha.
  • A produção de electricidade na região, que é 12% da produção nacional, é predominantemente gás natural (76%), energia eólica (10% onshore e 2% offshore) e biomassa (1%).
  • Na grelha nacional, 58% de electricidade é gerada através de combustíveis de carbono (15% de carvão com Captura e Armazenamento de Carbono, 13% de carvão sem Captura e Armazenamento de Carbono, 30% turbina de ciclo combinado de gás) e o restante de energias renováveis (13% energia eólica, 1% energia das ondas, 24% energia hidroeléctrica, 3% energia solar e 1% de biomassa).

Transportes

  • O número de quilómetros percorridos é idêntico a 2005, devido a influências divergentes relativamente ao crescimento. Aumento do preço do petróleo, pessoas a viverem mais próximo do local de trabalho, aumento de meios de comunicação via e-mail e telefone e iniciativas de mitigação de alterações climáticas foram factores de redução do número de quilómetros percorridos. Por outro lado, o crescimento económico tende a aumentar as distâncias viajadas, especialmente em transporte de cargas.
  • Medidas de ‘fim de linha’ para aumentar a eficiência e motores mais eficientes contribuíram para uma redução geral de 30% do uso de energia nos transportes rodoviários.
  • O petróleo mantém-se o combustível dominante nos transportes rodoviários
  • (60%), com os bio-combustíveis (15%) e o hidrogénio (5%) a entrarem no
  • mercado, e o gás natural a ser utilizado nas frotas de autocarros e táxis.
  • Houve um aumento de 100% no número de quilómetros percorridos via ferroviária, incorporando assim um aumento significativo do uso do metro e do comboio, em particular no início do século, com novas linhas de metro e métodos modais. O uso de energia neste sector aumentou 50%, representando assim uma melhoria de eficiência. Os comboios são inteiramente eléctricos.
  • Mantém-se o número de quilómetros feitos em voos domésticos relativamente a 2005. 15% da mistura de combustível é bio-combustiveis, uma tecnologia relativamente morosamente devido à legislação.

Indústria

  • Como os processos, infra-estruturas e edifícios se tornaram mais eficientes e o tipo de indústria se alterou a favor de biotecnologia versus indústria pesada, o consumo de energia eléctrica aumentou 25%, e a energia de calor diminui 25%.
  • O calor provém inteiramente do gás natural, com 25% deste a ser utilizado em sistemas de cogeração. Houve um investimento mínimo em tecnologias renováveis. Estas oferecem menos de 1% do calor e electricidade.

Serviços

  • O sector de serviços é semelhante ao residencial, mas os grandes sites apresentam-se mais favoráveis ao uso de cogeração. Isto significa 15% de energia térmica produzida por gás natural (70%) e biodiesel (30%).
  • Existiu também uma melhor oportunidade para tecnologias renováveis do que no sector residencial, com telhados maiores por exemplo. Isto significa 15% da energia térmica utilizada e 3% de electricidade.

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1 Comentário

  1. Nuno Quental

    teste do Nuno

    Responder

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