[PNED] TGV e Telefones Cortados: Boletim 4 Novembro 04
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Destaque: TGV: carpir ou louvar?
Um editorial do Público lamenta a decisão de rever o projecto TGV no
percurso Lisboa/Porto e acha que já não vai haver “TGV a sério”. O que uns
acham ser de carpir, poderão outros louvar. De facto, o projecto do TGV em
Portugal nasceu aureolado da nossa característica mania das grandezas, sem
ter em conta as reais necessidades e possibilidades do país, passando um
traço por cima do anterior projecto/realidade dos pendulares, cujo
investimento, bem ou mal feito, era descartado com uma penada.
Rever esse projecto megalómano e adaptá-lo, e sobretudo (o que parece ainda
estar longe), rever todo o nosso conceito ferroviário/rodoviário,
privilegiar as comunicações ferroviárias internas, reabrir linhas, recuperar
os dez milhões de “passageiros” perdidos no último ano avaliado sobretudo
nos percursos suburbanos, desincentivar a rodovia e desviar passageiros e
objectos para a ferrovia, completar a rede de comboios de forma a servir o
país e ser alternativa à mania rodoviária, articular a ligação
automóvel/comboio (com transporte do primeiro pelo segundo) por forma a
permitir que pelo menos alguns façam uso do primeiro apenas onde o comboio
não chega, etc. Não faltam caminhos a investigar se se quiser ter em conta a
realidade energética e a aproximação inevitável do “pico” petrolífero. Quem
o quererá fazer racionalmente antes que o caos previsível o imponha nas mais
adversas das condições?
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Destaque Dois: Telefones cortados
A forma como o Estado português, apesar de todas as retóricas em contrário,
trata a conservação da natureza, está bem patente na primeira notícia do
boletim de hoje. Elucidativo.
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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha
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Quinta-feira, 4 de Novembro de 2004
1. Instituto da Conservação da Natureza Tem Telefones e Orçamento Cortados
Por RICARDO GARCIA
O Instituto da Conservação da Natureza (ICN) vai ter 1,2 milhões de euros a
menos para gastar em despesas correntes em 2005. Este corte ocorre num
momento em que o ICN se vê a braços com graves problemas de caixa, tendo
quase todos os seus telefones cortados, só podendo receber chamadas, devido
a uma dívida de um milhão de euros à Portugal Telecom – segundo o presidente
do instituto, citado pela Lusa.
A situação do ICN é crónica e já há alguns anos que o dinheiro para pagar os
salários acaba muito antes de Dezembro. O instituto tem recorrido a manobras
financeiras extra-orçamento para resolver o problema. Mas as áreas
protegidas acabam por ficar sem dinheiro para despesas básicas, como
telefones, combustível para as viaturas e material de escritório.
https://jornal.publico.pt/2004/11/04/Sociedade/S11.html
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2. O TGV Continua Adiado
Por MANUEL CARVALHO
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações confirmou ontem
aquilo de que há muito se suspeitava: o lançamento da rede ferroviária de
alta velocidade (vulgo TGV) está a ser feito sem o mínimo de ponderação e
reflexão, ao sabor de impulsos propagandísticos dos ministros e
primeiros-ministros que sucessivamente se têm dedicado ao processo. Esta
semana, e confirmando uma notícia do PÚBLICO da sexta-feira passada, o
ministro António Mexia decidiu falar do “seu” TGV, anunciando que, ao
contrário do que havia sido prometido ao país, a Espanha e à Comissão
Europeia, a rede de alta velocidade entre o Porto e Lisboa pode ser
construída sobre a infra-estrutura já existente. Ou, por outras palavras,
que não vai haver nenhuma rede de TGV a sério, mas apenas uns vestígios
intermitentes de alta velocidade.
https://jornal.publico.pt/2004/11/04/EspacoPublico/OEDIT.html
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3. Biocombustíveis Sem Impostos
O Ministério das Finanças vai pedir à Assembleia da República uma
autorização legislativa para determinar que o Imposto sobre Produtos
Petrolíferos (ISP) não seja aplicado aos biocombustíveis – fabricados a
partir de vegetais, como beterrabas e girassóis – reduzindo desta forma o
seu preço final. A medida é da esfera do Ministério das Actividades
Económicas, mas foi o secretário de Estado Adjunto do Ministro do Ambiente,
Jorge Moreira da Silva, quem a anunciou, ontem, no Parlamento. O objectivo é
estimular o uso dos biocombustíveis em alternativa à gasolina e ao gasóleo,
o que aliviaria a dependência nacional face ao petróleo além de ter um
efeito mais significativo sobre as emissões de dióxido de carbono – um dos
gases que estão na base do aquecimento global.
Segundo Moreira da Silva, a medida já estava prevista no Programa Nacional
para as Alterações Climáticas e pode permitir uma redução de até 1,6 milhões
de toneladas nas emissões anuais de dióxido de carbono.
https://jornal.publico.pt/2004/11/04/Economia/E23.html
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4. “Porto Vivo” Herda Tarefas de Reabilitação da Fundação da Zona Histórica
Por ABEL COENTRÃO
O presidente da Câmara do Porto reafirmou anteontem a intenção de avançar
com o processo de extinção da Fundação para o Desenvolvimento da Zona
Histórica (FDZHP), na qual a autarquia detém uma participação de 33 por
cento. Apesar das críticas de alguns membros do Conselho Geral a esta
intenção, expressas anteontem à noite pelo presidente Junta de São Nicolau,
Rui Rio explicou à assembleia municipal que pretende entregar a componente
de reabilitação urbana desenvolvida pela FDZHP à recém aprovada Sociedade de
Reabilitação Urbana da Baixa. Quanto às valências sociais, Rio considera que
“deve ser visto o que é que a fundação faz de interesse, para ser repartido
entre a Segurança Social e a câmara”, através da Fundação para o
Desenvolvimento Social do Porto.
https://jornal.publico.pt/2004/11/04/LocalPorto/LP07.html
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5. Caçadores Mataram a Última Fêmea de Urso Pardo Originário dos Pirinéus
Por ANDREIA OLIVEIRA
A última fêmea adulta de ursos pardos dos Pirinéus, de nome Canela, foi
morta esta segunda-feira em Aspe, na região francesa desta cadeia
montanhosa, por um grupo de caçadores franceses. A fêmea, com 15 anos de
idade, e a sua cria, foram surpreendidas por um grupo de caçadores que
andavam à caça de javalis.
Os caçadores garantem ter disparado sobre o animal depois de este ter
mordido um dos seus cães e de se ter virado contra um dos caçadores. Por
outro lado, os ambientalistas acreditam que Canela se tenha sentido
ameaçada, e tenha tentado fugir, mas tal não terá sido possível, pois levava
a cria consigo. A cria conseguiu escapar mas os ambientalistas receiam que
esta não sobreviva durante muito tempo, sem a ajuda de um adulto.
https://jornal.publico.pt/2004/11/04/UltimaPagina/U01.html
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Abaixo apresenta-se o sumário e/ou resumos de notícias de interesse
urbanístico/ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias, de O Primeiro de Janeiro, Comércio do Porto e do Público Local
Porto e Minho (em um ou vários dos citados, não necessariamente em todos).
Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito específico
são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste, basicamente entre o
Vouga e o Minho.
Selecção hoje feita por José Carlos Marques
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