Boletim PNED de 23 de Fevereiro de 2008

by | Fev 23, 2008 | Boletim | 0 comments

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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha

Sábado, 23 de Fevereiro de 2008

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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.

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1. Inverter o modelo de desenvolvimento urbano é mais do que urgente
Criar cidades compactas

Quando se esgotou o modelo de desenvolvimento urbano, é urgente mudar o rumo. Criar cidades compactas é apenas um aspecto a ter em conta, neste processo de sustentabilidade a abordar a partir de hoje. Ao longo de quatro jornadas da Quercus outros aspectos serão aventados.
Isabel Fernandes

Não mudar o modelo de desenvolvimento urbano que tem vindo a ser seguido não é uma opção. Porque “está esgotado” e, como tal, “difícil ou não, não temos outra alternativa”. Não é nova esta perspectiva e Adriana Floret é clara ao garantir que “não há outro caminho”, chamando “a atenção para a reabilitação dos centros históricos das cidades”, como “um exemplo de desenvolvimento sustentável”. Processo que a O PRIMEIRO DE JANEIRO, a arquitecta do Núcleo Regional do Porto da Quercus apelidou de “fundamental para a nova linha de construção que terá que surgir”. É que a par dos próprios meios de construção, e também eles terão que mudar, é urgente que se pense no reenquadramento das políticas nacional e local às novas exigências internacionais. Mas a reabilitação dos centros históricos das cidades, “que pode ser vista como uma gigantesca operação de reciclagem”, recriando “uma densidade urbana elevada” não é apenas o que Adriana Floret defende “é, justamente, o modelo urbano sugerido pela maior parte dos especialistas como o modelo mais eficiente do ponto de vista ecológico”. A explicação para que a reabilitação dos centros históricos seja “um instrumento precioso” é simples: “Esta criação de cidades compactas permitirá a redução das deslocações, a racionalização dos transportes, a libertação de solo para outros fins que não a urbanização”, bem como, a coesão social.

A propósito das Jornadas Quercus de Arquitectura Sustentável, que arrancam hoje no auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, o JANEIRO falou com esta responsável envolvida na organização da iniciativa que decorre até Maio: hoje, 29 de Março 2008, 19 de Abril 2008 e 24 de Maio. Adriana Floret é categórica: “A mudança não é só desejável. É obrigatória pelo futuro do Planeta”. Lembrando que “é nas cidades que se decide o futuro do ambiente global” suporta a ideia naquilo que chama “números esmagadores”: 50 por cento dos recursos materiais mundiais destinam-se à construção, 45 por cento da energia gerada destina-se ao aquecimento, iluminação e ventilação de edifícios. Não deixou de acrescentar cinco por cento que são gastos para os construir. Quarenta por cento da água utilizada no mundo serve para abastecer instalações sanitárias e outros usos nos edifícios, mas os números que tem para lançar não acabam aqui e lembra os 70 por cento dos produtos de madeira que se destinam à construção, apontando igualmente que 60 por cento da melhor terra cultivável foi ocupada pela construção.
Se é inevitável que os responsáveis pelo sector da construção mudem o tipo de materiais que usam e as casas que constroem, não é menos verdade que os consumidores têm um papel fundamental. Porque, é convicção da arquitecta, quando estes começarem a exigir, o mercado terá que acompanhar. Mas “a inversão de procedimento é sempre difícil e as resistências acontecem inevitavelmente”, reconheceu Adriana Floret, que, em todo o caso, insistiu na consciencialização de cada um, que será mais importante do que as próprias leis. E aqui não deixou de fora (quase) ninguém: “É necessário que as pessoas tenham consciência sobre todos os factores que estão inerentes aos gastos energéticos. E quando digo pessoas, digo desde arquitectos a promotores e utilizadores”. Insistindo que a mudança exigível, mas que está a demorar a entrar no mercado de forma regular, deixando de aparecer como excepções, terá que surgir pela exigência do consumidor/comprador de qualidade e sustentabilidade da sua própria casa a partir “de um maior conhecimento”. Saber que Adriana Floret diz ainda faltar em relação “às técnicas de construção ambientalmente sustentável” atribuindo, igualmente, ao desconhecimento por parte do mercado “das vantagens económicas e sociais” deste tipo de construção. Lembra, contudo, que “o mercado imobiliário dos nossos dias já não é o mesmo de há dez ou 20 anos” e que a sensibilidade que as gerações mais recentes demonstram em relação às questões ambientais fará com que “a oferta tenha de se adequar a estas novas exigências”. Aponta igualmente o dedo à “formação de técnicos [a todos os níveis] e à oferta de produtos”. E apesar de acreditar que “estamos a atravessar um momento de transição”, crê que “estas anomalias serão corrigidas nem que seja pela exigência do mercado nacional e internacional”. Confiança que se estende à crítica em relação à generalidade da formação sobre a arquitectura e engenharia sustentáveis, que “continua a ser excepção quando devia ser a regra”, bem como “a oferta de produtos ecológicos”, que se mantém como uma secção especial dos catálogos dos fornecedores, “quando devia constituir a oferta principal”.

Custos

Também “a questão custos” foi referenciada pela arquitecta da Quercus-Norte, dizendo que “é cada vez mais decisiva”. E não se refere aos custos da arquitectura sustentável, que – diz – não serem muito diferentes dos da construção clássica, refere-se sim “aos custos inerentes de uma concepção e uso irracionais do edificado”. E aqui surge uma questão, colocada na inversão de papéis e é a própria a fazê-la: “Sabia que, segundo a Agência de Energia do Porto, 58 por cento da energia consumida neste concelho deve-se ao sector da habitação”. “E isto pesa, e de que maneira, no bolso das famílias”, reforça. Mas vai mais longe e junta o desperdício da água que “mais tarde ou mais cedo vamos também pagar bem caro”.

E tamanha importância a água (um bem escasso) representa em diversos pontos da arquitectura que vai mesmo abrir as jornadas da Quercus, sob o nome «Conservação e uso racional da água», que irá abordar vários ângulos de uma só problemática. A este propósito, a arquitecta Adriana Floret lembrou que “40 por cento da água utilizada no mundo serve para abastecer instalações sanitárias e outros usos nos edifícios”. Daí a importância de se discutirem as várias formas de aproveitamento da água, nomeadamente a proveniente das chuvas. “Reaproveitá-la para lavagem de carros, rega de jardim, utilização em sanitas, máquinas de lavar roupa e louça”. E isto apenas para dar alguns exemplos onde o reaproveitando se alia à poupança. É que é igualmente essencial aprender a poupar. E neste campo, a selecção de aparelhos sanitários é outra forma de reduzir o consumo da água (com dispositivos de dupla descarga) e torneiras (com limitador de caudal). Nas jornadas serão ainda apresentados outros sistemas que servem este propósito, para além de esclarecerem sobre o reaproveitamento “depois deste ciclo de utilização doméstica”. Onde será explicado como é que “as águas dos esgotos podem ser reaproveitadas para a climatização e refrigeração dos edifícios”. Para quem pensar que isto se situa já pInverter o modelo de desenvolvimento urbano é mais do que urgente.

Criar cidades compactas

Quando se esgotou o modelo de desenvolvimento urbano, é urgente mudar o rumo. Criar cidades compactas é apenas um aspecto a ter em conta, neste processo de sustentabilidade a abordar a partir de hoje. Ao longo de quatro jornadas da Quercus outros aspectos serão aventados.
Isabel Fernandes

Não mudar o modelo de desenvolvimento urbano que tem vindo a ser seguido não é uma opção. Porque “está esgotado” e, como tal, “difícil ou não, não temos outra alternativa”. Não é nova esta perspectiva e Adriana Floret é clara ao garantir que “não há outro caminho”, chamando “a atenção para a reabilitação dos centros históricos das cidades”, como “um exemplo de desenvolvimento sustentável”. Processo que a O PRIMEIRO DE JANEIRO, a arquitecta do Núcleo Regional do Porto da Quercus apelidou de “fundamental para a nova linha de construção que terá que surgir”. É que a par dos próprios meios de construção, e também eles terão que mudar, é urgente que se pense no reenquadramento das políticas nacional e local às novas exigências internacionais. Mas a reabilitação dos centros históricos das cidades, “que pode ser vista como uma gigantesca operação de reciclagem”, recriando “uma densidade urbana elevada” não é apenas o que Adriana Floret defende “é, justamente, o modelo urbano sugerido pela maior parte dos especialistas como o modelo mais eficiente do ponto de vista ecológico”. A explicação para que a reabilitação dos centros históricos seja “um instrumento precioso” é simples: “Esta criação de cidades compactas permitirá a redução das deslocações, a racionalização dos transportes, a libertação de solo para outros fins que não a urbanização”, bem como, a coesão social.

A propósito das Jornadas Quercus de Arquitectura Sustentável, que arrancam hoje no auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, o JANEIRO falou com esta responsável envolvida na organização da iniciativa que decorre até Maio: hoje, 29 de Março 2008, 19 de Abril 2008 e 24 de Maio. Adriana Floret é categórica: “A mudança não é só desejável. É obrigatória pelo futuro do Planeta”. Lembrando que “é nas cidades que se decide o futuro do ambiente global” suporta a ideia naquilo que chama “números esmagadores”: 50 por cento dos recursos materiais mundiais destinam-se à construção, 45 por cento da energia gerada destina-se ao aquecimento, iluminação e ventilação de edifícios. Não deixou de acrescentar cinco por cento que são gastos para os construir. Quarenta por cento da água utilizada no mundo serve para abastecer instalações sanitárias e outros usos nos edifícios, mas os números que tem para lançar não acabam aqui e lembra os 70 por cento dos produtos de madeira que se destinam à construção, apontando igualmente que 60 por cento da melhor terra cultivável foi ocupada pela construção.

Se é inevitável que os responsáveis pelo sector da construção mudem o tipo de materiais que usam e as casas que constroem, não é menos verdade que os consumidores têm um papel fundamental. Porque, é convicção da arquitecta, quando estes começarem a exigir, o mercado terá que acompanhar. Mas “a inversão de procedimento é sempre difícil e as resistências acontecem inevitavelmente”, reconheceu Adriana Floret, que, em todo o caso, insistiu na consciencialização de cada um, que será mais importante do que as próprias leis. E aqui não deixou de fora (quase) ninguém: “É necessário que as pessoas tenham consciência sobre todos os factores que estão inerentes aos gastos energéticos. E quando digo pessoas, digo desde arquitectos a promotores e utilizadores”. Insistindo que a mudança exigível, mas que está a demorar a entrar no mercado de forma regular, deixando de aparecer como excepções, terá que surgir pela exigência do consumidor/comprador de qualidade e sustentabilidade da sua própria casa a partir “de um maior conhecimento”. Saber que Adriana Floret diz ainda faltar em relação “às técnicas de construção ambientalmente sustentável” atribuindo, igualmente, ao desconhecimento por parte do mercado “das vantagens económicas e sociais” deste tipo de construção. Lembra, contudo, que “o mercado imobiliário dos nossos dias já não é o mesmo de há dez ou 20 anos” e que a sensibilidade que as gerações mais recentes demonstram em relação às questões ambientais fará com que “a oferta tenha de se adequar a estas novas exigências”. Aponta igualmente o dedo à “formação de técnicos [a todos os níveis] e à oferta de produtos”. E apesar de acreditar que “estamos a atravessar um momento de transição”, crê que “estas anomalias serão corrigidas nem que seja pela exigência do mercado nacional e internacional”. Confiança que se estende à crítica em relação à generalidade da formação sobre a arquitectura e engenharia sustentáveis, que “continua a ser excepção quando devia ser a regra”, bem como “a oferta de produtos ecológicos”, que se mantém como uma secção especial dos catálogos dos fornecedores, “quando devia constituir a oferta principal”.

Custos

Também “a questão custos” foi referenciada pela arquitecta da Quercus-Norte, dizendo que “é cada vez mais decisiva”. E não se refere aos custos da arquitectura sustentável, que – diz – não serem muito diferentes dos da construção clássica, refere-se sim “aos custos inerentes de uma concepção e uso irracionais do edificado”. E aqui surge uma questão, colocada na inversão de papéis e é a própria a fazê-la: “Sabia que, segundo a Agência de Energia do Porto, 58 por cento da energia consumida neste concelho deve-se ao sector da habitação”. “E isto pesa, e de que maneira, no bolso das famílias”, reforça. Mas vai mais longe e junta o desperdício da água que “mais tarde ou mais cedo vamos também pagar bem caro”.

E tamanha importância a água (um bem escasso) representa em diversos pontos da arquitectura que vai mesmo abrir as jornadas da Quercus, sob o nome «Conservação e uso racional da água», que irá abordar vários ângulos de uma só problemática. A este propósito, a arquitecta Adriana Floret lembrou que “40 por cento da água utilizada no mundo serve para abastecer instalações sanitárias e outros usos nos edifícios”. Daí a importância de se discutirem as várias formas de aproveitamento da água, nomeadamente a proveniente das chuvas. “Reaproveitá-la para lavagem de carros, rega de jardim, utilização em sanitas, máquinas de lavar roupa e louça”. E isto apenas para dar alguns exemplos onde o reaproveitando se alia à poupança. É que é igualmente essencial aprender a poupar. E neste campo, a selecção de aparelhos sanitários é outra forma de reduzir o consumo da água (com dispositivos de dupla descarga) e torneiras (com limitador de caudal).

Nas jornadas serão ainda apresentados outros sistemas que servem este propósito, para além de esclarecerem sobre o reaproveitamento “depois deste ciclo de utilização doméstica”. Onde será explicado como é que “as águas dos esgotos podem ser reaproveitadas para a climatização e refrigeração dos edifícios”. Para quem pensar que isto se situa já para lá da realidade, Adriana Floret garante o contrário: “Isto não é ficção científica”. Diz mesmo que “existe, inclusive, quem esteja a estudar esta solução justamente para o Porto”.

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Um exemplo a notar

Em Portugal existem exemplos de construção que merecem relevância e o conjunto residencial da Ponte da Pedra, Matosinhos, certificado pelo LiderA, e que deu origem ao primeiro Empreendimento Cooperativo de Construção Sustentável em Portugal mereceu o apontamento de Adriana Floret como “um caso interessante”. Recorde-se que O JANEIRO falou deste tema em Agosto passado e abordou igualmente aquele como exemplo de arquitectura sustentável. A arquitecta da Quercus-Norte realçou ainda que desta forma foi “contrariada a ideia mais ou menos generalizada de que a arquitectura sustentável é uma arquitectura para um público-alvo restrito pelos valores que atinge”.ara lá da realidade, Adriana Floret garante o contrário: “Isto não é ficção científica”. Diz mesmo que “existe, inclusive, quem esteja a estudar esta solução justamente para o Porto”.

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=8f1f78b1e19c8f20fc4102729a1d9d03

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2. Parques naturais querem ter novos serviços e atracções
Bruno Simões Castanheira

O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), o Turismo de Portugal e a Associação da Hotelaria apresentaram ontem, em Grândola, um conjunto de projectos para tornar mais “enriquecedora” a visita aos parques naturais.

Percursos pedestres, parques arqueológicos, centros de atendimento e parques subaquáticos foram alguns dos projectos sugeridos pelo grupo de trabalho constituído por representantes das três instituições com vista à concretização do “Programa de Visitação e Comunicação da Rede Nacional de Áreas Protegidas”.

Miguel Alarcão Júdice, vice-presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, apresentou o plano, que abrange o Parque Natural da Arrábida, Reserva Natural do Estuário do Sado e Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a Rede Natura da costa alentejana, a um público de cerca de 70 agentes locais.

“A ideia é tentar enriquecer a experiência de visita a um parque, que haja mais coisas para fazer dentro dos parques, melhores condições de visita, que os centros de apoio sejam mais completos, que tenham artesanato de melhor qualidade, que tenham um atendimento mais profissional”, explicou o representante dos hoteleiros, que coordena o grupo.

Para isso, o grupo de trabalho está a elaborar, desde Janeiro, planos para duas áreas-piloto, Arrábida-Burgau e Gerês-Douro, que incluem um conjunto de pistas de projectos possíveis para dinamizar os parques da Natureza.

Percursos pedestres, ecomuseus, parques subaquáticos, observatórios de aves, centros de atendimento e parques arqueológicos foram algumas das sugestões apresentadas, a que se vieram juntar outras, vindas dos presentes, como ciclovias e percursos de turismo equestre.

Uma das propostas bem aceites pelos agentes locais foi a instalação de um parque temático arqueológico na Ilha do Pessegueiro (Sines), dada como exemplo de um leque de opções em que apostar.

Um parque subaquático para mergulho em Sesimbra e um observatório de vida selvagem na península de Tróia (Grândola) foram outras das propostas referidas “no campo das ideias”.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/sociedade_e_vida/parques_naturais_querem_novos_servic.html

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3. Duas pontes para unir ribeiras e linha de metro para coser cidade
Carla Sofia Luz

A reabilitação da marginal fluvial do Porto, entre a Rua de D. Pedro V e o Freixo, é uma tarefa para 10 anos e exigirá, pelo menos, 386,4 milhões de euros de investimento privado e público. A estim ativa é apresentada pela equipa multidisciplinar de especialistas nacionais e estrangeiros, coordenada pelo arquitecto Pedro Balonas, que arrecadou o primeiro prémio no concurso de ideias para a reconversão da frente riberinha da cidade.

Entre 39 propostas lusas e estrangeiras (desde a Dinamarca e Holanda ao Brasil, Austrália, China e Índia), a consistência e a exequabilidade do projecto do ateliê portuense BalonasProjectos convenceram a maioria dos elementos do júri, liderado por Valente de Oliveira, obtendo uma pontuação final de 90%. A segundo lugar é ocupado pela equipa do Porto, coordenada pela arquitecta Fátima Fernandes. As ideias do ateliê de Niels Bennetzen, de Copenhaga (Dinamarca), conquistaram a terceira posição.

Embora admita a necessidade de introduzir “correcções de pormenor” no plano de implementação das ideias para a marginal, o júri assinala a “qualidade” das propostas, que visam trazer novos usos aos edifícios emblemáticos daquela zona, alargar a área de fruição pública para portuenses e turistas e ultrapassar a distância entre a Baixa (à cota alta) da cidade à cota baixa.

Hotel na Alfândega

Agradou, então, a reconversão do edifício da Alfândega em hotel de negócios (sugere-se a ocupação de parte do imóvel, mantendo o centro de congressos e o Museu dos Transportes), do Convento de Monchique em hotel de charme, dos armazéns de Miragaia num Centro de Artes e Dança e do parque de estacionamento da Alfândega em parque urbano, com o aparcamento remetido para o subsolo. Mas geram dúvidas a construção de uma marina a Nascente da Ponte de Luís I (o presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões, Ricardo Fonseca, considerou que não é exequível, porque reduz o canal navegável do Douro) e de uma linha do metro entre a Casa da Música e a Trindade.

O traçado resultaria do prolongamento da futura linha da Boavista, tendo oito novas estações. As composições teriam de descer a Rua de D. Pedro V e subir a Rua de Mouzinho da Silveira até à Estação de S. Bento.

Contudo, o arquitecto Pedro Balonas não tem dúvidas de que é tão prioritário coser a cidade como ligar os centros históricos do Porto e de Gaia com duas novas pontes. Com custo contabilizado de 8,3 milhões de euros a pagar por privados, a equipa de Balonas desenha uma ponte entre a Alfândega e o Cais de Gaia, abrindo a porta à criação de outra travessia pedonal entre Massarelos e Cais do Cavaco, onde a Câmara de Gaia projecta a instalação de um funicular que ligue a marginal à Arrábida. A proposta coloca elevadores na encosta das Fontainhas e entre as pontes do Infante e Maria Pia. Para fábrica de Louça, projecta-se uma residência para jovens.

“Esta proposta funciona como um documento estratégico para as margens do Douro e reflecte a existência de duas cidades à cota alta e à cota baixa, que serão unidas pela linha do metro e pelos ascensores entre a Rua da Restauração e o Palácio de Cristal e entre Miragaia e o Passeio das Virtudes. Esta é uma zona que está desligada do sistema de mobilidade e quisemos integrá-la no sistema do metro”, explica Pedro Balonas, certo de que a ideia vencedora poderá servir de “guião para os investimentos públicos e privados”, desenvolvidos em planos de pormenor discutidos e sem perder coerência. O arquitecto sublinhou que esta vitória deve-se ao trabalho e à criatividade de uma vasta equipa.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/porto/duas_pontes_para_unir_ribeiras_e_lin.html

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4. Nova manif no Bolhão após reunião inconclusiva

A reunião entre os movimentos de defesa do Mercado do Bolhão e os juristas que estão a tomar conta do caso não foi conclusiva. Do encontro, que teve lugar na quinta-feira à noite, não saiu nenhuma decisão quanto às medidas judiciais que vão ser tomadas para a empreitada que está prevista para o mercado.

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=427a1ee847411a700a0c2013808d54cc

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5. Espaço para animais marca passo

A presidente da Sociedade Protectora dos Animais (SPA) do Porto, Ermelinda Martins, manifestou estranheza pela demora da Câmara de Gondomar na aprovação do projecto de arquitectura das novas instalações, que vão albergar 900 cães e 150 gatos. “Não conseguimos perceber a razão para esta demora, até porque todas as alterações que nos foram pedidas foram prontamente atendidas”, afirmou a presidente da SPA, em declarações à Lusa. A SPA pretende construir as novas instalações num terreno com cerca de 81 mil metros quadrados em Baguim do Monte, Gondomar, tendo o Pedido de Informação Prévia (PIP) sido aprovado pela Autarquia em Fevereiro de 2006.

“Logo que o PIP foi aprovado, entregámos o projecto de arquitectura. Já passaram dois anos e ainda não está aprovado”, salientou Ermelinda Martins, recordando que a SPA adquiriu o terreno, com frente para a EN 208, em Abril do ano passado, na sequência da aprovação do PIP.

Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Gondomar salientou que este “é um processo complexo”, o que está a provocar alguma demora na sua aprovação.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/porto/espaco_para_animais_marca_passo.html

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6. Ambiente fica “fora de jogo”

O Plano de Urbanização do Complexo Desportivo do Mar e da sua envolvente, em Matosinhos, deverá ficar isento de avaliação de impacte ambiental. Por estar em causa uma pequena área urbana e por não estarem previstos projectos que possam ter efeitos significativos no ambiente, a Câmara considera que não há necessidade de recorrer àquele método de avaliação.

Segundo o novo regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, em vigor desde o ano passado, as autarquias podem decidir sobre a necessidade ou não de avaliação ambiental de determinados projectos. É essa decisão que a Câmara de Matosinhos vai tomar depois de amanhã na reunião do Executivo.

No documento que regulamenta a ocupação e a transformação do uso do solo numa área de 50 hectares junto ao estádio do Leixões, está prevista a edificação de cinco prédios de habitação a poente do equipamento desportivo. No local dos campos de treinos (a desactivar por falta de dimensões oficiais) vai nascer uma unidade hoteleira ou de saúde (depende da vontade do mercado) e serão criadas ligações viárias. O reordenamento viário, sobretudo a ligação, por viaduto sobre a A28, da freguesia da Senhora da Hora é, para Guilherme Pinto, “a grande inovação do plano” (ler ficha).

Sem avaliação ambiental, o documento segue para discussão pública. Tem depois de ser aprovado na Assembleia Municipal e publicado em ‘Diário da República’.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/porto/ambiente_fica_fora_jogo.html

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7. Pormenores

Viaduto sobre A28

Estrutura fará a ligação da zona da feira da Senhora da Hora, cujo terreno vai crescer para sul, a uma avenida que passará entre o estádio e o Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. Em dias de eventos desportivos, o estacionamento fica no espaço da feira. Uma nova rotunda na Rua da Barranha vai desanuviar o trânsito da rotunda junto à feira.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/porto/pormenores.html

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8. Desejada rotunda na Estrada D. Miguel ganha forma

A tão desejada rotunda na Estrada D. Miguel, em S. Pedro da Cova, Gondomar, já está a ganhar forma, para gáudio dos moradores e comerciantes da envolvente da “estrada da morte”. Mas o autor do círculo afastou-o ligeiramente do eixo da via e a rotunda está ligeiramente desviada para um dos lados. Das duas uma ou a estrada paralela à via vai ser elimininada – e aí sim, a rotunda ganha sentido – ou então estamos perante mais uma obra de grande arrojo urbanístico cuja compreensão só está ao alcance de alguns. Resta esperar para ver qual das duas é.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/porto/desejada_rotunda_estrada_d_miguel_ga.html

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9. Autarquias gerem perímetro urbano do Alvão

O Plano de Ordenamento do Parque Natural do Alvão (POPNAL), aprovado anteontem em Conselho de Ministros, passa para as autarquias a gestão dos perímetros urbanos e áreas edificadas deste território. Teresa Leonardo, coordenadora da unidade de ordenamento do território do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), disse que o plano aprovado representa uma “mais-valia para ordenar e regular as actividades e usos que ocorrem no território”.

(…) Nesse sentido, foram criadas no Alvão três áreas de protecção diferentes, entre as quais uma de protecção total na zona dos Cabeços de Arnal.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/norte/autarquias_gerem_perimetro_urbano_al.html

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10. Comboio até Puebla de Sanábria

O presidente da Câmara de Mirandela está empenhado em desenvolver um projecto para a exploração da encerrada linha de caminho-de-ferro entre Mirandela e Bragança, por forma a tornar viável, por extensão, a linha do Tua até ao Douro. José Silvano acredita que é possível prolongar a mesma linha até Puebla de Sanabria, em Espanha.

Esta ideia já tem como aliado o Movimento de Afectados Pelas Grandes Barragens e Transvases (COAGRET), que, desde ontem passa a ter a sua sede em Mirandela. Pedro Couteiro está convicto que é um projecto viável e que “pode ser um argumento de peso para que o Governo desista da construção da barragem de Foz”.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/norte/comboio_puebla_sanabria.html

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11. Áreas protegidas inspiram obras

A Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) apresenta, hoje,em Vila Real, a colecção de livros “Pintar o verde com letras” que conta histórias inspiradas nas áreas protegidas do Norte do país. Conjuntamente com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e as Edições Gailivro, a DRCN desafiou um conjunto de escritores e ilustradores a criarem histórias que tivessem algumas das áreas protegidas da Zona Norte como lugares de inspiração, e os seus habitantes, a fauna e flora como personagens.

Segundo fonte da DRCN, as histórias (contos ou poemas) infanto-juvenis retratam as paisagens dos parques naturais de Montesinho, Douro Internacional e Alvão, do Parque Nacional da Peneda-Gerês, bem como do Douro Vinhateiro, do Parque Arqueológico do Vale do Côa e ainda do Planalto Mirandês. A colecção é apresentada na sede do Parque Natural do Alvão.

https://jn.sapo.pt/2008/02/23/norte/areas_protegidas_inspiram_obras.html

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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:

Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros jornais
ou fontes de informação).

Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito
específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
basicamente entre o Vouga e o Minho.

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Apartado 5052
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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho

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