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A Terra em Revistas

Começámos esta rubrica com as revistas O GORGULHO,  PEDRA & CAL e RESURGENCE & ECOLOGIST.

Em 3 de outubro de 2016 apresentamos o n.º 24 de

VIVER – VIDAS E VEREDAS DA RAIA

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É uma revistaque se debruça sobre os problemas do interior mais afastado e em particular da região BIS – Beira Interior Sul. A edição n.º 24 recorda-nos que, à média de 60 págjnas por número, a Viver publicou já perto de 1500 páginas! Este número 24  é quase totalmente dedicado às diferenças de género na atribuição  dos trabalhos rurais e em geral à presença da mulher no interior como atualmente se manifesta. Mulheres invisíveis, as diferenças de género nas vidas rurais e em particular na juventude  e na agricultura, o papel da mulher na sociedade, no trabalho e na família, a luta das mulheres no campo, a definição do mundo rural atual, um debate em que uma mulher afirma que os homens são muito mais machistas na cidade, e mais um longa série de debates em diversas povoações da BIS, além de diversos outros motivos de interesse, são temas que preenchem este número.

ADRACES – Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul, www.adraces.pt [1], Rua de Santana, 277 | 6030-230 Vila Velha de Ródão,
t. 272540200

 

Em 25 de setembro de 2016 apresentamos mais um número de

PEDRA & CAL; Conservação & Reabilitação

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É o número 60, relativo ao primeiro semestre de 2016. O seu tema principal é «O Património e o Futuro». No editorial, o diretor da revista, Vítor Cóias, anuncia o fim da edição em papel desta publicação, iniciada em 1998 com um número zero. O GECoRPA – Grémio do Património, que a editou, porém, prossegue. No seu novo regime de publicação a Pedra & Cal passa a ser editada online, disponível gratuitamente através do sítio web do GECoRPA [2].

Este último número em papel abre com um artigo do diretor, «Património e Futuro». Continua com uma entrevista a Maria Ramalho, Presidente do Conselho de Administração do ICOMOS Portugal – Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. Vítor Cóias é novamente o autor do artigo seguinte, «Qualificação profissional na construção: revisitar o passado para projetar o futuro». Vem depois uma nota sobre o Colégio do Património Arquictetónico da Ordem dos Arquitectos, um artigo sobre as consequências para o património de intervenções humanas, «Intervenções antrópicas com ‘pouco encanto’», de Jorge Mascarenhas e Lurdes Belgas.

Luísa Ambrósio aborda depois «O Património e a massificação do turismo» e o problema de, por vezes, as agências de viagens, visando fins unicamente comerciais, não reconhecerem limites a esse aproveitamento do património, e mesmo do Património Mundial classificado. Diversos autores da NCREP – Consultoria em Reabilitação do Edificado e Património e Ana Rodrigues, do Município de Torre de Moncorvo, são autores do artigo «Reabilitar para o futuro; Igreja de Açoreira, Torre de Moncorvo». Diversos outros artigos abordam outros temas, incluindo a Capela-mor da Sé Catedral de Viseu, o Edifício da Torre do Tombo, o arquitecto e o Património, e outros, alguns de aspeto técnico curioso como «Consolidação de rebocos de cal; estudo apoiado no método de resistência à furação», ou, de Antero Leite, um tema que foi em 2015 objeto de visita da Campo Aberto em co-organização com a ACER animada pelo autor, sobre Art Déco no Porto, com o título «O futuro da modernidade dos anos 20; a arquitectura e o estuque Art Déco».

No final do número são evocadas duas pessoas já falecidas ligadas à revista, Elsa Fonseca (1972-2015) e Nuno Teotónio Pereira (1922-2016), este último grande amigo da Campo Aberto com quem colaborou em mais do que uma ocasião por volta de 2004-2005 e anos seguintes, antes de ter sido atingido subitamente pela cegueira e a quem aqui prestamos uma comovida homenagem.

 

Gorgulho-Revistas

A TERRA EM REVISTAS – UMA NOVA RUBRICA

Nesta rubrica, apresentaremos regularmente revistas e outras publicações que refletem na mais ampla perspetiva o movimento português e universal de enlace e harmonia com a Terra como forma de superar a formidável crise ecológica presente.

Tal crise está bem patente no impasse energético em que combustíveis fósseis e as consequentes alterações climáticas, por um lado, e o setor nuclear que gera as maiores catástrofes tecnológicas de que há memória, por outro lado, barram o caminho de um futuro viável para as gerações presentes e futuras.

Estas e outras publicações ajudam-nos a superar esse duplo obstáculo, esses Cila e Caríbdes que de um lado e de outro do precipício nos querem devorar.

Começamos com três publicações, duas em língua portuguesa e uma em língua inglesa. As duas primeiras pertencem ao acervo do pequeno centro de documentação da Campo Aberto. A terceira é emprestada durante algum tempo a esse acervo por um particular. Todas no entanto podem ser consultadas no horário de abertura ao público da sede da Campo Aberto (ver aqui) [3] ou noutro dia e hora desde que sob marcação prévia (através de contacto@campoaberto.pt). A terceira revista, que não integra o acervo da associação, pode ser consultada no horário de atendimento público ou sob marcação até 28 de fevereiro de 2016. Após essa data será entregue a quem a cedeu, mas poderá a qualquer momento ser consultada sob marcação feita com suficiente antecedência.

O GORGULHO

Ao encontro da semente em Terras d’Além Mondego

Modestamente apresentado como «boletim informativo sobre biodiversidade agrícola», O Gorgulho é, segundo o escritor Miguel Esteves Cardoso, a revista mais bem escrita em Portugal. O que se pode comprovar também no n.º 39, do outono de 2015, em que o tema principal é a recolha anual de sementes tradicionais mais uma vez promovida pela associação Colher para Semear, agora no concelho de Fornos de Algodres, mais precisamente nas freguesias de Juncais, Vila Ruiva e Vila Soeiro do Chão.

O trabalho da Colher para Semear é do mais primordial e decisivo que se faz para um futuro sustentável do país – pesem as muitas vezes em que a palavra «sustentável» é invocada em vão entre nós. Diversos artigos debruçam-se sobre valores territoriais, ecológicos, agrícolas em terras da Serra da Estrela, desde o queijo DOP (denominação de origem protegida) ao cardo que lhe está associado e sua arte, ao cão Serra da Estrela, ou ao melhoramento da raça ovina da Estrela.

Alguns artigos, assinados pelo diretor da publicação, José Miguel Fonseca, são verdadeiras e coloridas incursões etnográficas no que resta de genuíno no nosso país: o encontro com o pastor Manuel, ou com a Ti Carmen e sua arte do Queijo da Serra, ou com os últimos moleiros como o Senhor Bernardino de Jesus. Muitos outros motivos de interesse tem este número, incluindo um excerto do livro de Marie-Monique Robin sobre alimentação, livro esse bem intitulado «O nosso veneno quotidiano» (Notre poison quotidien), excelentemente traduzido por Júlio Henriques, revisor e editor literário de O Gorgulho.

Não se pode perder um só número desta pequena grande revista. E para isso a melhor maneira é aderir à Colher para Semear (Quinta do Olival, Aguda, 3260-044 Figueiró dos Vinhos, colherparasemear@gmail.com, tm 914909334.

PEDRA & CAL

Internacionalizar o Património?

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Conservação & Reabilitação é o subtítulo desta revista. No seu n.º 59, do segundo semestre de 2015, o tema principal é a «internacionalização do património». No artigo «Feira do Património – a caminho da internacionalização do sector», Inês Costa refere que tal Feira «pretende promover o sector do Património Cultural enquanto bem que cria valor económico e social, sendo factor de atracção turística, gerador de receitas e fomentador de emprego».

A Universidade de Coimbra, Alta e Sofia; o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha; Acitores – Samthiago, cooperação empresarial transfronteiriça na conservação e restauro de órgãos de tubos no panorama ibérico; a vulnerabilidade sísmica dos edifícios tradicionais no Butão; o Património como vector de desenvolvimento; a salvaguarda do património como fenómeno internacional; o Património Industrial e Técnico, são alguns dos restantes artigos deste número, que contém ainda várias informações de caráter prático.

Pedra & Cal é editada pelo GECoRPA – Grémio do Património e dirigida por Vitor Cóias (Avenida Conde Valbom, 115-1.º Esq. 1050-067 Lisboa, tel. 213542336, www.gecorpa.pt, info@gecorpa.pt

RESURGENCE & ECOLOGIST

Meio século, 50 anos de renascimento espiritual, ecológico e artístico

Resurgence-Revistas [5]

Seguramente uma das mais belas revistas que existem – sem luxos, com simplicidade. Fundada em 1965, fundiu-se há alguns anos com outra revista lendária, The Ecologist, surgida em 1970 em Inglaterra e que rapidamente se tornou uma das vozes mais marcantes do movimento ecológico mundial (cessou a publicação em papel em 2009, prosseguiu como revista em linha depois e em 2012 fundiu-se com Resurgence). Em 2015 Resurgence comemora o seu 50.º aniversário.

O clima, em vésperas da Cimeira de Paris, é sem surpresa o tema forte do número de novembro-dezembro 2015, o n.º 293. Oportunamente, o artigo «O pesadelo  que não devemos esquecer» mostra que, ao contrário do que querem fazer valer certos lóbis, o nuclear não é solução ao perigo das alterações climáticas. Nem Cila nem Caríbdes.

A água é outro tema forte na secção «Ecologist»: «as águas no coração de tudo», a conservação da água na Índia com destaque para Rajendra Singh a quem foi este ano atribuído o Prémio Estocolmo da Água e cujo trabalho de renascimento da paisagem com base na água assume relevância universal. E depois uma série de belíssimos textos e imagens sobre a arte do trabalho manual, sobre uma nova filosofia da educação, sobre como desenvolver a nossa capacidade de compaixão e altruísmo, e uma evocação do mestre gandhiano Vinoba Bhave escrita pelo seu discípulo Satish Kumar que dirige a revista Resurgence. Em «A cura pela Natureza», saúda-se o filme magistral O Sal da Terra, do conhecido fotógrafo Sebastião Salgado.

Além de muitos outros motivos de interesse, na arte, na poesia, no estilo de vida, um deles é, como habitualmente, uma criteriosa rubrica onde se comentam alguns dos mais interessantes livros ultimamente publicados e abrangidos no arco-íris temático da revista.

Tornar-se membro de The Resurgence Trust, que edita a revista, custa apenas (na Europa), 38 libras por ano e dá direito a seis números, ou seja, sai cada número, com excelentes ilustrações e textos de qualidade, por menos de 7 libras (menos de 10 euros).

Para aderir: The Resurgence Trust, Rocksea, Farmhouse, St Mabyn, Bodmin, Cornwall, PL30 3BR, UK, Reino Unido. Tel +44 1208 841824, de segunda a quinta das 9:00 às 17:00, www.resurgence.org

Em 9 de dezembro de 2015

 

 

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