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Notícias da Terras e da Ruralidade #3

15 Fevereiro de 2012 * Notícias 3

Uma página de vez em quando, com sínteses e comentários de artigos ou notícias relacionadas com o novo interesse, aparente ou real, pela terra e pela ruralidade, recolhidos na imprensa que vou lendo (José Carlos Marques: jcdcm@sapo.pt). Para visitar a Campo Aberto, onde pode consultar as publicações hoje aqui referidas, veja o horário em: https://www.campoaberto.pt/2012/01/17/horario-de-abertura-da-campo-aberto/

VIVER – VIDAS E VEREDAS DA RAIA
O linho está vivo e recomenda-se! Outrora elemento imprescindível da tecelagem e do mundo rural, o linho foi quase totalmente destronado, primeiro pelo algodão, depois pelos tecidos sintéticos. O seu renascimento está muitas vezes associado a uma revitalização da ruralidade. Em Almaceda, concelho de Castelo Branco [1], decorreu em julho de 2011 um curso de «Cultura de Linho Têxtil», com 12 formandas. O curso incluiu uma demonstração ao vivo e pública de cada momento envolvido na produção e transformação do linho e permitiu às participantes efetuar as operações inerentes à instalação, manutenção, e colheita da cultura do linho, bem como a extração das fibras de linho e a sua aplicação teórica na área do têxtil. Esta é uma informação que pode ler no n.º 18 da revista Viver, juntamente com numerosos outros textos de interesse para o desenvolvimento local e rural. O número é centrado em volta da ideia de «a força da união», numa revista que visa o desenvolvimento sustentável da Beira Interior Sul, ou BIS * Viver – vidas e veredas da raia. Propriedade da ADRACES – Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul [2] (www.adraces.pt), editada por Camilo Mortágua. Rua de Santana, 277 * 6030-230 Vila Velha de Ródão, viver@adraces.pt

TERRITÓRIOS EM REDE
Desenvolvimento rural e Cooperação Lusófona. Temas relativos à cooperação portuguesa com os países em desenvolvimento, que tem sido direcionada sobretudo para os PALOP, Brasil e Timor Leste. Inclui um artigo sobre a associação alentejana MONTE [3], com 15 anos de existência, e que trabalha em cooperação desde 2001, cerca de uma década, nomeadamente com países africanos. A Monte tem trabalhado por exemplo em Cabo Verde [4], onde luta contra a pobreza e pelo desenvolvimento da boa governança, tentando aplicar nesse contexto a metodologia LEADER dos programas do mesmo nome patrocinados pela Comissão Europeia. Lançado em 1991, o LEADER foi a primeira política pública a dar grande autonomia às populações e atores locais para conceber, implementar e organizar o seu próprio desenvolvimento, tendo por via disso obtido eco muito favorável na sociedade civil (há quem diga que, nesse sentido, o LEADER está já morto! Veja-se neste número de Viver o artigo: Apresento-me como testemunha e confirmo: mataram o LEADER! [5]). Aplicada pela Monte, a metodologia consegue estabelecer entre os parceiros uma confiança mútua e o desejo de desenvolver projetos comuns em meio rural. Territórios em Rede – Revista da Cooperação Leader. Editada por Minha Terra-Federação Portuguesa das Associações de Desenvolvimento Local, Rua Bartolomeu Dias, 172D-1.º esq.-1400-031 Lisboa, minhaterra@minhaterra.pt, https://www.minhaterra.pt [6]

LIBERNE
Apologia de uma floresta diferente: título de um artigo da bióloga e ativista ambiental Helena Freitas, no n.º 88 da Liberne, revista editada pela LPN – Liga para a Protecção da Natureza, que é dedicado à floresta em 2011, Ano Internacional das Florestas. A floresta, que Gonçalo Ribeiro Telles considera um termo que em Portugal deveria ser substituído por «mata» (pois quase não há verdadeira floresta em Portugal), é um elemento importante da paisagem rural, embora certos tipos de florestação sejam favoráveis e outros nefastos ao mundo rural. A história da floresta portuguesa, por Jorge Paiva, os incêndios e a proteção da natureza, por Joaquim Sande Silva, as plantas invasoras, por Elizabete Marchante e Hélia Marchante, a floresta enquanto sumidouro de carbono, por Eugénio Menezes de Sequeira, e outros temas completam este número, que interessa seguramente aos agricultores e habitantes ou futuros habitantes das zonas rurais, que queiram conciliar a vida no campo com a conservação da natureza. Liberne. Liga para a Protecção da Natureza, Estrada do Calhariz de Benfica, 187 * 1500-124 Lisboa. lpn.natureza@lpn.pt * www.lpn.pt [7]