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Filme – Quem alimenta o mundo

No prosseguimento de um ciclo já iniciado, o “Ciclo Cidade Campo”, será projectado e comentado na sede da Campo Aberto (Rua de Santa Catarina, 730-2.o
andar, quase a chegar à Rua Gonçalo Cristóvão), na quarta­ feira, 28 de Janeiro, às 21:30, o filme intitulado “Quem alimenta o mundo”, legendado em português, gentilmente oferecido à associação pela Plataforma Transgénicos Fora [1].

Para que a sessão possa decorrer da melhor maneira e pontualmente, pede-se que os interessados estejam presentes cinco minutos antes. A projecção dura cerca de 90 minutos. A participação é gratuita e aberta ao público. Sugere-se no entanto uma contribuição voluntária de €2,00 para apoio à associação.

httpv://www.youtube.com/watch?v=5l_jxIs7_pg

Sobre o filme:

Todos os dias, em Viena (Áustria), a quantidade de pão rejeitada para o lixo seria suficiente para alimentar a segunda maior cidade austríaca, Graz.
Cerca de 350 mil hectares de terras agrícolas, sobretudo na América Latina, são consagradas à cultura da soja para alimentar o gado austríaco ao mesmo tempo que um quarto da população local passa fome e inanição. Cada europeu come dez quilos por ano de legumes provenientes do sul de Espanha, cultivados em estufas irrigadas artificialmente, daí decorrendo severa escassez de água.
Em We Feed the World (Quem alimenta o mundo), o realizador austríaco Erwin Wagenhofer [2] rastreia as origens dos alimentos que comemos. A sua viagem
leva-o  França, Espanha, Roménia, Suíça,Brasil e de novo Áustria.

Conduz-nos ao longo do filme uma entrevista com Jean Ziegler, até há pouco Relator Especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação. Quem alimenta o mundo é um filme sobre alimentação e globalização, sobre pescadores e camponeses, motoristas de camiões de longo curso e administradores poderosos de empresas multinacionais, sobre o fluxo de mercadorias e o fluxo de dinheiro – um filme sobre a escassez no meio da abundância. Com as
suas imagens que se não esquecerão, o filme ajuda a compreender como são produzidos os nossos alimentos e explica o que tem a ver connosco o drama da fome no mundo.

São entrevistados, para além de pescadores, agricultores, agrónomos, biólogos e o relator Jean Ziegler, também o director da Pioneer, o maior fornecedor de sementes do mundo, e ainda Peter Brabeck [3], presidente da Nestlé International, a maior empresa alimentar no mundo.