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Boletim PNED de 8 de Setembro de 2008

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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha

Terça-feira, 8 de Setembro de 2008

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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.
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1. Não há rapazes maus

Finalmente alguém se lembrou de que não há rapazes maus e que a
resposta à “onda de criminalidade” que por aí anda é falar ao coração
dos assaltantes e apelar ao seu civismo. A ideia foi de Augusto
Cymbrom, presidente da Associação Nacional dos Revendedores de
Combustíveis.

À saída, ontem, de uma reunião no MAI sobre a segurança das bombas de
gasolina, vinha tão decepcionado e descrente do Governo que achou que
era altura de experimentar a sua própria solução e, apelando à boa
índole dos assaltantes, lembrou-lhes que “não compensa assaltar
bombas de gasolina” e que devem meter a mão na consciência e pensar
que, ao fazerem assaltos, “além de prejudicarem a empresa detentora
do posto, estão a pôr em causa postos de trabalho”. Por fim, deixou-
lhes um bom conselho: “Deixem de assaltar e vão trabalhar, que é
melhor”. Trata-se de uma táctica (alertar para riscos de encerramento
de postos de trabalho) que tem dado excelentes resultados às empresas
na Concertação Social e nos assaltos anuais dos sindicatos por
melhores condições salariais. Pode ser que também funcione com
encapuzados.

https://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1009002&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

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2. Resolver problemas da humanidade

A ciência deve concentrar-se na resposta aos desafios que a
humanidade enfrenta durante este século. Esta é a opinião do
cientista inglês e anterior conselheiro científico do Governo inglês,
Sir David King, que quer ver os cérebros da ciência a combater as
alterações climáticas ou a encontrar a cura para a sida.

“Os desafios para o século XXI são qualitativamente diferentes do que
os que tivemos que enfrentar até agora”, disse o investigador antes
da abertura do Festival de Ciência da Associação Britânica, que este
ano decorre em Liverpool até 11 de Setembro, citado pela BBC online.

O director do Smith School for Enterprise and the Environment, da
Universidade de Oxford, defende que o crescimento da população e a
pobreza de África são motivos para fazer um desvio não só nos fundos
mas também nos cérebros que trabalham em ciência.

“Para isto é necessária uma alteração no pensamento e nas prioridades
da ciência e tecnologia, e redesenhar as atitudes da sociedade
perante elas”, explica King.

Numa altura em que o maior acelerador de partículas do mundo, o Large
Hadron Collider (LHC), vai ser inaugurado com fundos do Reino Unido,
o cientista põe em causa o investimento em disciplinas com a física e
a astronomia.

“É bom demonstrarmos que podemos aterrar um veículo em Marte, é bom
descobrirmos se existe ou não o Bosão de Higgs; mas eu sugiro que
talvez devêssemos empurrar as pessoas em direcção a desafios maiores
onde os resultados podem ser realmente cruciais para a civilização”,
afirmou.

O LHC, criado pelo European Organization for Nuclear Research (CERN),
foi o maior investimento que o Reino Unido fez num único projecto de
ciência, 500 milhões de libras (quase 620 milhões de euros). O
cientista, que é especialista em física dos processos químicos,
questiona se esta é a melhor forma de se gastar o dinheiro para a
ciência, quando actualmente um dos maiores problemas é a dependência
energética que o mundo tem dos combustíveis fósseis.

O investigador até pôs em causa se a maior invenção do CERN, a
Internet, tinha só que vir dali. “As pessoas dizem: “E então a world
wide web? Isso surgiu da CERN”. O Tim Berners Lee foi a pessoa que
inventou isso. E se o Tim Berners Lee estivesse a trabalhar num
laboratório de energia solar? Talvez ele também tivesse criado o
sistema. O resultado teria vindo de um indivíduo”, diz o investigador.

O cientista nomeou alguns dos principais problemas, como o aumento de
população num planeta que está agora a observar os primeiros efeitos
das alterações climáticas, o atraso no desenvolvimento de fontes de
energia alternativas como a luz solar, ou as doenças que afectam
milhões de pessoas como a sida e a malária.

https://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341997

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3. Carvão e 223 milhões de toneladas de CO2 em 12 meses

As centrais eléctricas a carvão da empresa estatal sul-africana Eskom
lançaram para a atmosfera 223,6 milhões de toneladas de dióxido de
carbono (CO2) entre Março de 2007 e Abril deste ano, revela um
documento hoje apresentado ao Parlamento na Cidade do Cabo.

Segundo o relatório técnico da Eskom, o aumento da quantidade de
carvão queimado naquele período, associado à sua menor qualidade e
conteúdo calórico, levaram a que as emissões de CO2 aumentassem 14,6
milhões de toneladas relativamente aos 12 meses transactos.

A Eskom, que possui mais de 20 centrais a carvão, enfrenta um enorme
desafio, depois de ter colocado a maior economia africana à míngua de
energia por não ter investido na sua capacidade geradora durante uma
década. A empresa elaborou agora um plano de construção de novas
centrais a carvão, embora insista que o objectivo estratégico é
reduzir as emissões de CO2 e outros gases perigosos em 70 por cento
nos próximos 20 anos.

Uma das soluções passa pela instalação de tecnologias de “queima
limpa” de carvão nas novas centrais e numa aposta forte no nuclear.

https://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341996&idCanal=92

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4. Soja geneticamente modificada

A Comissão Europeia autorizou hoje a importação na União Europeia de
produtos contendo uma soja geneticamente modificada (A2704-12),
utilizada em bens alimentares e rações para animais.

A autorização é válida por dez anos e implica a rotulagem e o
cumprimento das regras europeias sobre transgénicos, nomeadamente
sobre o rastreio.

Em Agosto de 2007, este tipo de soja foi alvo de um aviso favorável
da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), que considerou
improvável que tenha efeitos indesejáveis na saúde do ser humano ou
dos animais, ou ainda do Ambiente.

Esta autorização surge como resposta a um pedido de colocação no
mercado, apresentado em 2005 pelo grupo alemão Bayer CropScience.

https://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341992&idCanal=92

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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.

O arquivo desta lista desde o seu início é acessível através de
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Se quiser consultar os boletins anteriores veja
https://campoaberto.pt/boletimPNED/

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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:

Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal
de Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros
jornais ou fontes de informação).

Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e
está aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu
âmbito específico são as questões urbanísticas e ambientais do
Noroeste, basicamente entre o Vouga e o Minho.

Selecção hoje feita por Maria Carvalho

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