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Boletim PNED de 10 de Novembro de 2006

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BOLETIM PORTO E NOROESTE EM DEBATE
resumo das notícias de ambiente e urbanismo em linha

Sexta-feira, 10 de Novembro de 2006

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Para os textos integrais das notícias consultar as ligações indicadas.

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1. Velocidade aumenta emissões poluentes

A redução da velocidade de circulação nas estradas é uma das maneiras mais eficazes de reduzir as emissões poluentes nos transportes, área prioritária para Portugal cumprir os seus compromissos ambientais, apontou o presidente do Instituto do Ambiente.

António Gonçalves Henriques, que falava em Lisboa num seminário sobre transportes e qualidade do ar, disse à agência Lusa que o sector dos transportes urbanos e de mercadorias é “prioritário”, uma vez que é o principal responsável pela emissão de poluentes, dentro da área do consumo de energia. “O controlo de velocidade vai ter que ser reforçado, temos de agir nesta área”, defendeu o presidente do Instituto do Ambiente.

Segundo Gonçalves Henriques, a um aumento de 10% na velocidade de circulação corresponde um acréscimo de 20% na emissão de gases poluentes.

https://jn.sapo.pt/2006/11/10/sociedade_e_vida/velocidade_aumenta_emissoes_poluente.html

Menos velocidade pelo ambiente
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=fd384c3c6933978fd4e9cbfeda4bbb49

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2. Para a história…

A Garagem do Comércio do Porto é, de facto, o mais notável edifício da Praça de D. Filipa de Lencastre, da qual temos vindo a ocupar-nos por causa da desastrada solução dada à entrada do túnel de Ceuta. E não é só o mais notável edifício daquela pequena praça como é um dos mais notáveis edifícios de toda a história da arquitectura portuguesa do século XX. Não sei se os portuenses tem consciência da importância desta obra no panorama das artes portuguesas do último século, mas a verdade é que não há estudo, tratado ou guia da arquitectura, de âmbito nacional ou internacional, que se ocupe da arte portuguesa deste período que não assinale a sua importância.

Mas, se a obra é importante em si mesma, a circunstância que a rodeia e o espaço urbano em que está inserida torna-a ainda mais notável. Com efeito, o seu autor, o arquitecto Rogério de Azevedo (1912- -1983), além de muitas outras obras realizadas por todo o país, desenhou também, e ali mesmo ao lado, outros edifícios que fazem desta zona da cidade um tratado da arte de bem construir. Esses edifícios são, entre outros localizados nas imediações, mas de que só falaremos mais tarde, a sede do jornal “O Comércio do Porto” (mesmo ao lado da Garagem e no gaveto com Avenida dos Aliados) e o Hotel Infante de Sagres (no lado sul da Praça de D. Filipa de Lencastre). De facto, uma concentração tão significativa de tantas obras de um mesmo autor e de um autor tão importante num espaço tão reduzido duma mesma cidade é muito rara e é uma circunstância que torna o estudo da arquitectura e das suas razões e motivações um exercício especialmente interessante e produtivo. Ora, é esse exercício que proponho não apenas aos interessados nas coisas da arquitectura mas também – e sobretudo – aos cidadãos interessados em compreender melhor os diferentes modos de fazer cidade. Para isso, proponho que, como primeiro passo, se olhe com atenção para estes edifícios e que tal seja feito na posse de alguns dados que podem tornar o exercício mais interessante, mais útil e mais inteligível. A Garagem e o Jornal foram dois dos primeiros projectos realizados por Rogério de Azevedo, enquanto autor autónomo e ainda jovem. O Jornal foi desenhado em 1930, a Garagem em 1932 e o Hotel já em finais dos anos 40. O que é que une ou distingue, então, estes edifícios? Antes de mais, a sua qualidade intrínseca, na qual é forçoso reconhecer a especial sensibilidade do autor a cada um dos locais específicos em que cada obra se implanta e, depois, a inteligência que cada um deles revela quanto à forma como o autor interpreta o programa e, com isso, concebe e desenha as formas, plenas de funcionalidade, de expressividade arquitectónica e de solidez construtiva. Repare-se que estamos a falar de obras de há mais de 60 anos e de obras de um arquitecto que tinha pouco mais de 30 quando delas se encarregou. De facto, Rogério de Azevedo, nascido em 1912, faz duas vezes o curso de Arquitectura da Academia de Belas Artes do Porto e estagia com Marques da Silva, em cujo atelier certamente colabora em projectos importantes, ao mesmo tempo que aprende e cultiva a arte de construir que, depois, vai exercitar de forma exímia um pouco por todo o país.

Rogério de Azevedo, o autor de quem nos vamos ocupar em próximas crónicas, é uma figura multifacetada e incontornável da arte portuguesa do século XX, não só como arquitecto e construtor, mas também como professor na Escola Superior de Belas Artes do Porto (onde foi meu professor), como historiador, como arqueólogo e musicólogo e dedicando-se, ainda e com frequência, a temas da terra, das artes e da cultura dum povo cuja história e saberes cultivou e divulgou em diversas ocasiões e por diferentes modos. Era, no fim de tudo, um criador culto e brilhante e um construtor rigoroso. Era um homem de rasgo, empolgando-se com facilidade com o trabalho que realizava; tinha um humor corrosivo e um apurado sentido crítico e, como seria de esperar, era avesso a burocracias e formalismos estéreis.

Regressaremos, por isso, à Praça e a Rogério de Azevedo.

https://jn.sapo.pt/2006/11/10/porto/para_a_historia.html

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3. Combate a fogos destruiu grande área florestal

O cenário é dantesco. Centenas de árvores arrancadas pela raiz, tombadas ao longo de várias centenas de metros e extensas clareiras de terra abertas por entre frondosa vegetação à qual acresce, nas imediações, uma imensa área em que o fogo transformou o verde num manto de cinza negra. Esta é a actual imagem na zona da “Porta do Mezio”, integrada no Parque Nacional da Peneda-Gerês, nos Arcos de Valdevez, um dos locais mais procurados por turistas e estudiosos dada a sua beleza e diversidade biológica e geológica.

“É um desastre”, afirma o director do Parque Nacional da Peneda-Gerês, Henrique Pereira, quando confrontado com a intervenção efectuada no local. Três meses após o incêndio, que no início de Agosto atingiu aquela área, ainda nada foi feito para minimizar o impacto visual e ambiental provocado pelas chamas e pela intervenção humana que, na ânsia de conter o fogo, provocou graves danos no ecossistema.

As centenas de árvores que foram arrancadas por máquinas de rasto continuam tombadas, impedindo o acesso a caminhos e prejudicando alguns pequenos cursos de água. Os largos e cumpridos acessos que foram abertos continuam sem qualquer intervenção e vão-se transformando em extensos lamaçais. O vereador do Ambiente dos Arcos de Valdevez, Martim Araújo, justifica a intervenção que provocou o abate das árvores e a destruição da flora e caminhos com a necessidade de “fazer chegar as viaturas para combaterem o incêndio”.

“Era noite e tínhamos que travar o fogo que ameaçava algumas casas”, lembra. O autarca critica o Instituto de Conservação da Natureza (ICN) por, após três meses, “nada ter feito” no sentido de minimizar o impacto negativo.

Recorda que os responsáveis do ICN estiveram no local “a ver o que se passou, mas ainda não executaram nada”.

O director do parque prefere não responder às críticas do autarca. Considera que a intervenção da Câmara demonstrou que “este tipo de corta-fogo não são a forma mais eficiente de combatê-los e, em alguns casos, ultrapassaram a barreira criada”. Mas justifica “Temos que compreender que foi uma intervenção efectuada num momento delicado”. Henrique Pereira diz que, na próxima semana, se vão iniciar os trabalhos de limpeza dos ribeiros para, em seguida, se proceder ao abate “urgente de milhares de árvores”. Algumas delas assinaladas não apresentam, aparentemente, vestígios de ter sido atingidas pelo fogo, mas Henrique Pereira garante que “só as que de alguma maneira foram tocadas pelo incêndio e estão em risco de contrair pragas vão ser cortadas”.

https://jn.sapo.pt/2006/11/10/norte/combate_a_fogos_destruiugrande_area_.html

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4. Parque empresarial na antiga Tabopan

O Parque Empresarial de Vila Pouca de Aguiar, que recuperou as antigas instalações da Tabopan, localizadas em Telões, vai ser inaugurado, hoje à tarde, pelo secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Fernando Medina. Já há duas empresas ali instaladas e mais seis deverão fazê-lo em breve,

O parque industrial representa um investimento de 15 milhões de euros. Com configuração modular, o parque de Vila Pouca de Aguiar dispõe de dez módulos, no total de 21 000 metros quadrados, destinados a empresas de transformação de granitos, a principal indústria extractiva do concelho.O parque dispõe, ainda, de mais dez espaços de 484 metros quadrados e 24 módulos de 242 metros quadrados destinados a a outro tipo de indústrias, comércio ou serviços.

https://jn.sapo.pt/2006/11/10/norte/parque_empresarial_antiga_tabopan.html

Vila Pouca de Aguiar: Estrutura nasce nas antigas instalações da Tabopan
https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=b2fc570ceb42f465b7a296f9ea80c639

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5. Recolha de lixo sobe quase 50%

O abastecimento de água, o saneamento e a recolha de resíduos sólidos urbanos vão ser mais caros no próximo ano. Os aumentos foram aprovados, ontem, na reunião do Executivo municipal, que foi dominada pela votação do Plano Plurianual de Investimentos de 2007).

Os aumentos, que se cifram (excepção à recolha dos lixos, que é de quase 50%) nos 2,5%, valor da inflação, visam aproximar os valores das receitas aos gastos do município.

https://jn.sapo.pt/2006/11/10/minho/recolha_lixo_sobe_quase_50.html

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6. Governo admite criar sistema integrado
Gestão dos óleos alimentares usados

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, admitiu a possibilidade de criar um sistema integrado de gestão dos óleos alimentares usados, para os quais existe desde o ano passado um sistema voluntário.
“Admitimos a possibilidade de ter um sistema integrado” para os óleos alimentares usados, afirmou Humberto Rosa, na abertura de um seminário em Lisboa sobre a gestão de resíduos, promovido pela APEMETA – Associação Portuguesa de Empresas e Tecnologias Ambientais.
O Sistema Voluntário de Óleos Usados (SGOAU) foi criado no ano passado através da assinatura de um acordo entre o Instituto dos Resíduos e as associações representativas dos sectores que intervêm no ciclo de vida dos óleos alimentares usados. A lei impede o lançamento de óleos alimentares usados nas redes de esgotos das águas residuais, sendo o produtor responsável pelos resíduos que gera e pelo seu destino final.

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BM adverte
Grandes prejuízos
O Banco Mundial estima que o custo anual das práticas que não respeitam o ambiente ascendam a 30 mil milhões de dólares por ano. Os países em vias de desenvolvimento perdem entre 4 e 8% do seu PIB por não protegerem e tirarem melhor partido das suas riquezas naturais.

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=c55b21d649857c59bd1d8b0609812c14

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7. Manifesto de economistas sobre mercado de CO2

O comissário europeu para o Ambiente subscreveu um manifesto de 58 economistas que defendem o Mercado Europeu de Emissões (ETS) como instrumento válido para reduzir a emissão de gases causadores do efeito de estufa. O acto teve lugar durante uma conferência de imprensa conjunta do comissário Stravos Dimas da World Wide Fund for Nature e de dois dos economistas signatários do documento, onde o comércio de licenças é apresentado como “a política apropriada para gerir as emissões de gases causadores do efeito de estufa”. O mercado europeu de emissões, em funcionamento desde um de Janeiro de 2005, foi criado no quadro da aplicação do Protocolo de Quioto, que visa reduzir as emissões de CO2, um dos gases de efeito de estufa responsáveis pelo aquecimento global

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=b6d767d2f8ed5d21a44b0e5886680cb9&subsec=&id=b5adbe773225252cb66f4a50ee8853e5

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8. Câmara investe 420 mil euros na recuperação de castro

A Câmara de Monção pretende investir 420 mil euros na recuperação e valorização do Castro de S. Caetano, na freguesia de Longos Vales, classificado como monumento nacional desde Fevereiro de 1926.
Segundo fonte municipal, o projecto, candidatado ao Programa Operacional da Cultura, prevê o alargamento da área de escavação junto da Capela de S. Caetano e da linha de muralha, com o propósito de definir um circuito de visita.

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=d443f0e0c20441ebc30d6a04ff759b80

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9. Porto: Aprovado concurso público para a Praça de Lisboa

A Câmara Municipal aprovou na terça-feira, com o voto contra dos vereadores do PS, a abertura de concurso público para a reabilitação e exploração do piso comercial da Praça de Lisboa.

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=c16a5320fa475530d9583c34fd356ef5&subsec=6c8349cc7260ae62e3b1396831a8398f&id=2a7dd9efa1f62c6e84a8dbcb659156f4

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10. Diagnóstico ambiental realizado permitiu reconhecer principais problemas na localidade
Consciência ambiental nas Caxinas

“Formar jovens e torná-los líderes comunitários e sensibilizar a comunidade relativamente aos problemas de cariz ambiental e social”. Sónia Vieira, do Grupo de Estudos Ambientais da Escola Superior de Biotecnologia, assume esses dois pontos como o objectivo primordial a atingir com a criação de um ecoclube em Caxinas. Essa localidade, lugar piscatório que assinala a fronteira entre Vila do Conde e a Póvoa do Varzim, ocupa uma parte significativa do território vila-condense, albergando a maioria dos habitantes da cidade.
Num diagnóstico realizado para averiguar as principais necessidades da comunidade, constataram-se graves preocupações de cariz ambiental e social. A poluição nas praias e a acumulação de lixo nas ruas, e problemas ligados ao consumo de drogas e álcool, constituem, respectivamente, as principais barreiras a serem ultrapassadas.
O ecoclube pretende assumir-se como uma ponte entre as necessidades e os recursos que permitem suprir as mesmas, sendo fundamental a interligação aprofundada com a comunidade.

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=19ca14e7ea6328a42e0eb13d585e4c22&subsec=&id=e0842becc594d40879aa604313dd6f0b

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11. Amigos do Mindelo programam nova actividade

A Associação Amigos do Mindelo tem agendada uma actividade de ecoturismo, para os próximos dias 18 e 19 de Novembro. No dia 18 (sábado) será efectuado um percurso pedestre de cerca de dez quilómetros na serra de Montemuro, circundando a lagoa de D. João. Serão visitadas as aldeias da Talhada, Cotelo e Panchorra, vias, calçadas e pontes romanas, e a nascente do rio Taquinho. No domingo, estão programadas visitas às aldeias de Mazes, Antas, Sabugueiro, e às ruínas da casa do explorador português, Serpa Pinto. O jantar e a dormida de sábado vão ser em Caldas de Aregos. Deve-se levar pic-nic para o almoço. Para mais informações contactar ou 934201516.

https://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=19ca14e7ea6328a42e0eb13d585e4c22&subsec=9778d5d219c5080b9a6a17bef029331c&id=4688687b3a0904cd9608b5c6bae73cf9

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Para se desligar ou religar veja informações no rodapé da mensagem.

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Se quiser consultar os boletins atrasados veja
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INFORMAÇÃO SOBRE O BOLETIM INFOPNED:

Acima apresentam-se sumários ou resumos de notícias de interesse
urbanístico ou ambiental publicadas na edição electrónica do Jornal de
Notícias e d’O Primeiro de Janeiro (e ocasionalmente de outros jornais
ou fontes de informação).

Esta lista foi criada e é animada pela associação Campo Aberto, e está
aberta a todos os interessados sócios ou não sócios. O seu âmbito
específico são as questões urbanísticas e ambientais do Noroeste,
basicamente entre o Vouga e o Minho.

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Selecção hoje feita por Cristiane Carvalho

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