[PNED] 2003. JAN.01/ Património Degradado
(Para qualquer problema com esta lista, seguir por favor as instruções que
se encontram no rodapé da mensagem).

Começa o ano com poucas notícias. Nenhumas notícias, boas notícias! Mas
talvez seja apenas porque os jornalistas também têm direito de festejar a
passagem de ano…

Bom ano para todos, e coragem para conservar a esperança e a vontade de
intervir mesmo quando as notícias menos boas e mesmo muito más se forem
sucedendo. Seria ouro sobre azul para os que promovem a destruição da
paisagem, da natureza, do ambiente e do (bom) urbanismo que os que se
interessam pela preservação desses valores se deixassem desencorajar pelas
dificuldades por vezes enormes e aparentemente inultrapassáveis que
frequentemente se apresentam.

Não esquecer também a importância fundamental de manifestar apoio e
incentivo, nomeadamente de carácter prático, àqueles que publicamente
intervêm para a preservação e promoção desses valores. Entre eles, a
associação Campo Aberto, que mantém esta lista. Se ainda não é sócio, comece
o ano com a sua adesão como associado. Basta para isso solicitar o
respectivo boletim de inscrição para: campo_aberto@hotmail.com

Destaque: Património Degradado

Já aqui referimos o abandono do património da CP. Hoje insere-se aqui mais
uma notícia sobre o assunto. Por outro lado, a Refer parece estar a
transformar-se basicamente numa empresa imobiliária, com numerosos projectos
que passam pela construção de novas estações modernistas e pelo
reaproveitamento das antigas para fins comerciais. Como é o caso de Aveiro.
Resta saber como será ou não respeitado a herança arquitectónica e
artística. E com que dignidade. A estação de Aveiro é uma das muitas com um
riquíssimo património de azulejos, autêntica galeria pública de arte, como é
em grau maior ainda a Estação de São Bento.

Mas há outros abandonos semelhantes, como as casas de guardas florestais,
por exemplo. Para isso chama a atenção o último número da renovada e
atraente TRIBUNA DA NATUREZA, a revista editada pelo Fapas, que se aconselha
a todos os que se interessam pela conservação do nosso património natural
(Tribuna da Natureza, Fapas, Rua Alexandre Herculano, 371-4° Dto, 4000-055
PORTO, Tel. 22 200 24 72, Fax 22 208 74 55, fapas@mail.esoterica.pt,
www.fapas.pt). O seu director, Miguel Dantas da Gama, em artigo intitulado O
Ocaso da Floresta Portuguesa, chama precisamente a atenção para o abandono
do património construído dos serviços florestais, entre outras coisas.

Seguem-se os resumos das notícias de interesse urbanístico e ambiental
relativas a 1 de Janeiro de 2003 tal como constam da página electrónica
do JN. Para qualquer dúvida ou para a leitura dos
textos integrais, recomenda-se a consulta das referidas páginas ou das
respectivas edições em papel. A selecção é da responsabilidade da Associação
Campo Aberto.

PNED = Porto e Noroeste em Debate

1 de Janeiro de 2003

JN

Metros de dúvidas no dia do arranque

Agora que acabou o período experimental da Linha Azul, entre a Trindade e
Matosinhos, futuros utentes fazem contas à vida
Jorge Vilas

A partir de hoje, o Metro é a doer. Isto é, quem quiser fazer uma viagem na
Linha Azul, entre a Trindade e o Senhor de Matosinhos, será obrigado a
munir-se do respectivo bilhete ­ o Andante ­, cujo precário tem feito correr
rios de tinta de contestação do público e dos próprios autarcas da Área
Metropolitana do Porto, que consideram o tarifário exagerado e, portanto,
injusto.

Ílhavo :

Guerra aos imóveis degradados

José Carlos maximino
A Câmara Municipal de Ílhavo vai subsidiar a recuperação de edifícios
particulares degradados com interesse cultural e valor arquitectónico.

armamar :

Municípios modernizam aeródromos

Almeida Cardoso
Os municípios portugueses e galegos vão criar uma rede de aeródromos,
destinados a servir os meios utilizados nos combates a fogos florestais e as
aeronaves turísticas-comerciais de pequena dimensão.

sabrosa :

Património da CP abandonado

almeida cardoso

A Câmara Municipal de Sabrosa reclama a reabilitação do património
habitacional da estação da CP do Ferrão e dos seus espaços envolventes.
Segundo o presidente da autarquia, Orlando Vaz, a situação é preocupante. «O
abandono das casas afecta a imagem que se pretende transmitir aos muitos
milhares de turistas que circulam pela linha do Douro», lembrou o autarca de
Sabrosa.

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