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    2017

    30 de setembro
    Visita a Chão Sobral (Serra do Açor, Oliveira do Hospital)
    Projeto de Permacultura de João Gonçalves e Mónica Barbosa

    Esta visita tem um interesse paisagístico, botânico, ecológico e de observação de um projeto em desenvolvimento de permacultura, agricultura ecológica e familiar e revitalização rural.

    Será orientada por

    João Gonçalves | Tem as suas raízes em Chão Sobral, na Serra do Açor. É permacultor, agricultor ecológico e plantador de árvores especialista em abacateiros na iniciativa Ecotrabalho. Trabalha no projeto de permacultura e agroecologia da Finca Equilibrium (entre Montijo e Pegões). Fez formação em permacultura e agricultura regenerativa com os formadores Doug Crouch, Richard Perkins, Bernard Alonso, Rosemary Morrow e Darren Doherty. É licenciado em Animação Socioeducativa pela Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Coimbra.

    Mónica Barbosa Gonçalves | É gestora do projecto Casa Verde Cozinha Ética na Iniciativa Ecotrabalho. Psicóloga clínica e Mestre em Psicologia Clínica do Desenvolvimento pela Universidade de Coimbra. Atualmente é gestora numa empresa de família e agricultora nos tempos livres.

     

    SERRA DO AÇOR
    A Serra do Açor localiza-se entre a Serra da Estrela e a Serra da Lousã, e entre as 3 Beiras (Beira Litoral, Beira Baixa e Beira Alta). A paisagem de xisto tem vales sempre húmidos e declives acentuados que sobem até cerca dos 1400 metros de altitude.

    FLORA – INTERESSE BOTÂNICO

    Da flora existente destacamos o medronheiro, o castanheiro e a carqueja. Um dá aguardente na meia encosta, outro dá-nos energia para subir do vale, e o último resiste pelos cumes, e passando pela cama das cabras, dá terra fértil nas hortas. A zona do Santuário de Nossa Senhora das Preces tem interesse botânico, e inclui um roteiro de locais numerados que permite, com um clique, associar cada número à imagem de uma árvore.

    CHÃO SOBRAL – ALDEIA SERRANA

    Chão Sobral é um lugar na Freguesia de Aldeias das Dez, no concelho de Oliveira do Hospital. Sobre um declive voltado a Oeste, a cerca de 600 metros de altitude, recebe água das nascentes do Monte do Colcurinho que sobe aos 1200 metros. Vivem aqui cerca de 90 pessoas. Nos últimos 30 anos a aldeia perdeu cerca de 50 habitantes. Uns foram para a cidade, e os outros regressaram às origens da Terra.

    Por aqui, em socalcos criados nos últimos 200 a 400 anos, continuamos a plantar o que podemos e a usar os sistemas de irrigação ancestrais. O Verão é longo, quente e seco, e por isso as cabras e algumas ovelhas continuam a ter um papel central na transformação microscópica e húmida da matéria orgânica, que é adicionada todos os anos aos campos de cultivo.

    COLCURINHO POVOADO ABANDONADO

    A 500 metros de Chão Sobral está o povoado primitivo e abandonado do Colcurinho. São casas e currais de cabras com paredes e telhados de xisto, quase todos em estado de avançada ruína. Um ermo onde permanece Santo Antão do Egipto como padroeiro e único habitante a guardar o Castanheiro Gigante (assim ele sobreviveu aos incêndios de 1988 e 2005). Aqui, os vizinhos de Chão Sobral fazem festa e convívio gastronómico, todos os anos, em Janeiro.

    SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS PRECES

    E mais além, a 3 kms fica o lugar do Vale de Maceira, onde se localiza o Santuário de Nossa Senhora das Preces. Um tesouro construído com o granito, plantado e escondido com as árvores altas que o vento quer derrubar. Um espaço e passo para a Eternidade.

    Por esta Serra do Açor subiram os Mouros, que deixaram lugares com o nome de «Moura da Serra», Mourísia e Foz da Moura.

    Por esta serra se segue para Piódão e para a terra do Juiz de Fajão, para as Aldeias de Memória, para as Aldeias do Xisto e para as Aldeias Históricas.

    COM OS OLHOS DA PERMACULTURA

    Por estes lugares, com o pano de fundo e o olhar da permacultura vamos tentar ver a sabedoria viva nas plantas e nos muros de pedra, nos conjuntos de plantas e nos ritmos, ciclos e tarefas da vida que as pessoas e os animais repetem aqui, dia após noite.
    Colocado em 14 de julho de 2017

    1 de julho
    Visita à Reserva Natural da Faia Brava e a Figueira de Castelo Rodrigo

    Se não recebeu o email de divulgação desta visita com as informações de ordem prática (não constantes aqui) pode pedi-lo para: atividadesca@gmail.com

    Motivos de Interesse da Visita

    A Reserva Natural da Faia Brava (que se situa no âmbito do Parque Natural do Douro Internacional), criada pela Associação Transumância e Natureza, é uma das raras reservas naturais de iniciativa particular existentes em Portugal. Pode facilmente documentar-se sobre a ATN e sobre a Reserva. O FAPAS – Fundo de Proteção dos Animais Selvagens colabora em parte dessa reserva. Daí que tenhamos convidado Miguel Dantas da Gama, seu dirigente e pessoa que se debruça com especial cuidado sobre as questões relativas ao coberto vegetal e à flora do nosso território, a acompanhar-nos e a falar-nos do trabalho que o FAPAS faz naquele contexto.

    O programa começa com uma caminhada sem dificuldade especial que nos permitirá apreender o espírito do lugar e do trabalho ali desenvolvido pela ATN, graças também às orientações que nos dará o técnico de ecoturismo que nos irá acompanhar.

    O que é a ATN?
    A Associação Transumância e Natureza (ATN) é uma organização não governamental de ambiente e sem fins lucrativos, criada em 2000, em Figueira de Castelo Rodrigo, distrito da Guarda. O nome desta associação deriva da fundação internacional que lhe deu origem (Transhumance and Nature Foundation), servindo para fazer menção à extinta actividade da transumância – prática ancestral de condução dos rebanhos ao longo de percursos de grande distância, que permitia aproveitar pastagens a diferentes altitudes e em diferentes alturas do ano, resultando na diversificação do coberto vegetal e a manutenção do bom estado das pastagens.

    Quando foi criada e com que estatuto?
    A ATN foi criada a 6 de Junho de 2000 (Diário da República III Série, de 25 de Julho de 2000, pág. 15886), e tem sede em Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda, Portugal). Proprietária de cerca de 800 hectares de propriedades no Vale do Côa, a ATN é a entidade gestora da Reserva da Faia Brava, a primeira área protegida privada do país, localizada no interior da ZPE do Vale do Côa (Natura 2000) e do Parque Arqueológico do Vale do Côa (Património da Humanidade UNESCO). A ATN é proprietária e gere outras reservas no Nordeste de Portugal e é o parceiro local português da iniciativa Rewilding Europe.

    Qual a sua missão?
    Conservar, valorizar, conhecer e divulgar o património natural do Nordeste de Portugal, pela via da sustentabilidade e com a participação da comunidade, através da gestão e da protecção de áreas naturais. Os projectos implementados pela ATN destinam-se exclusivamente à conservação de habitats e espécies mais característicos e ameaçados da região do Nordeste e têm incidido em propriedades rurais situadas em zonas de elevada importância ecológica. Criar espaços para a natureza é a sua visão.

    O que faz a ATN ?
    Esta associação dedica-se a: gestão de áreas naturais, restauro ecológico, processos de renaturalização, estudos e monitorização de biodiversidade, educação e sensibilização ambiental, apoio à elaboração e implementação de projetos ambientais de desenvolvimento rural (agrícolas, pecuários, florestais e cinegéticos) compatíveis com a conservação da natureza; apoio técnico nas áreas de produção e proteção florestal sustentável; valorização, recuperação e promoção de património cultural, arquitetónico e arqueológico da região.

    Figueira e Castelo Rodrigo
    Outro motivo de interesse desta atividade é a visita a Figueira de Castelo Rodrigo, e em especial ao seu lugar mais elevado, Castelo Rodrigo, quer pelas caraterísticas urbanas e arquitetónicas da povoação quer pelo interesse paisagístico da região envolvente.

    Figueira de Castelo Rodrigo, segundo a Wikipedia, é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e sub-região da Beira Interior Norte, com cerca de 2 200 habitantes. Sede de um município com 508,58 km² de área e 6 260 habitantes (2011),[ subdividido em 10 freguesias. Limitado a norte pelo município de Freixo de Espada à Cinta, a leste pela Espanha, a sul por Almeida, a sudoeste e oeste por Pinhel e a noroeste por Vila Nova de Foz Côa. Fica em Terras de Riba-Côa, de vastas paisagens, planaltos, fortalezas (castelos) junto ao vale do Côa e nos contrafortes da majestosa Serra da Marofa. O concelho teve foral em 1209, sendo até 1836 a sua sede na freguesia de Castelo Rodrigo.

     

    1 de abril 
    Visita à nascente do Rio Leça e descida até Ponte da Pedra (Matosinhos)

    Em 9 de abril de 2016 visitámos, com o Professor José Luís Araújo, profundo conhecedor do Rio Leça e suas margens, a zona situada em Matosinhos, desde perto da foz até à Ponte da Pedra. Em abril de 2017 propomos-lhe, com o mesmo orientador, uma visita à nascente, no concelho de Santo Tirso, descendo depois até ao ponto onde ficaámos em 2016, ou seja, a Ponte da Pedra.

    Eis o programa da visita a realizar no dia 1 de abril:

    Pontos a visitar:
     1 – Parque de Lazer de Nossa Senhora de Valinhas

    Localizado na freguesia de Monte Córdova.

    É um espaço onde predominam espécies arbóreas do género Quercus, nomeadamenteQuercus robur – carvalho alvarinho e Quercus suber – sobreiro. É um povoamento florestal no qual se inclui um carvalho alvarinho classificado de interesse público.

    É ponto de partida para realizar passeios pedestres através dos percursos existentes e apreciar o rio Leça e as Quedas de Fervença.

    Merecem especial visita a Serra Hidráulica de Pereiras e o Castro de Monte Padrão, imóveis classificados.

    A partir deste ponto, iniciaremos uma caminhada que nos vai levar a observar as famosas  quedas de água do Leça, no lugar de Fervença.

    2 – Monte de Pereiras

    Local onde podemos observar um fantástico corredor arbóreo de espécies ripícolas  e ruinas da Serra Hidráulica de Pereiras.

    Monte Padrão | Santo Tirso | Foto Cláudio Anes

    3 – Monte Padrão

    Aqui podemos visitar:

    O Centro Interpretativo do Monte Padrão, aberto ao público em Abril de 2008, constitui a pedra basilar do projecto de estudo, musealização e dinamização da estação arqueológica, cujo propósito visa disponibilizar valências de natureza pedagógica, museológica e de apoio ao trabalho de investigação.

    O Monte Padrão constitui uma das principais referências culturais do concelho de Santo Tirso. O imóvel, pelas características únicas que evidencia, ocupa um lugar de destaque no panorama da arqueologia do norte de Portugal, cujo interesse científico tem vindo a ser patente nos resultados das intervenções arqueológicas realizadas nas duas últimas décadas.
    Os elementos crono-estratigráficos identificados documentam uma longa ocupação que tem início no Bronze Final e se prolonga até ao 2º quartel do séc. XVII.

    O imóvel localiza-se na freguesia de Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, distrito do Porto, a poucos quilómetros a sudeste da sede do concelho. Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910, beneficiando de uma Zona Especial de Protecção estabelecida em 2011.

    O Castro do Monte Padrão ou antigo Castro do Monte Córdova é constituído por vestígios de um povoado fortificado que se situa num dos pontos mais elevados do Monte Padrão, a cerca de 7 Km de Santo Tirso, na freguesia de Monte Córdova.

    Está implantado num remate em esporão sobre o rio Sanguinhedo. Terá sido fundado no século IX a.C. e ter-se-á mantido povoado até à Baixa Idade Média.

    Das três linhas de muralhas originais, de que temos conhecimento apenas por indícios, resta apenas um troço da primeira cerca. As fortificações eram construídas com silhares assentes em seco, em aparelho poligonal, com dois paramentos preenchidos com pedra miúda.

    O castro foi escavado pela primeira vez na década de 1950 por Carlos Faya Santarém. Em 1986 a Câmara Municipal deu início a um conjunto de acções com o propósito de promover a protecção, estudo e valorização da estação arqueológica.

    Durante as escavações arqueológicas encontraram-se diversos objectos dos vários períodos de ocupação e que se encontram actualmente expostos no Museu Abade de Pedrosa, em Santo Tirso.

    Monte Padrão | Santo Tirso | Foto Cláudio Anes

    4 – Visita à Nascente

    No lugar de Redundo, freguesia de Monte Córdova, no concelho de Santo Tirso, a uma altitude de 475m, percorrendo 46,750 km desde a nascente até à foz, no porto de Leixões, em Matosinhos.

    5 – Almoço (restaurante em Monte Córdova, junto à igreja)

    6 – Alfena – Ponte de S. Lázaro

    Em Alfena, no lugar da Rua, existe um conjunto de grande interesse histórico cultural. Constituído pela ponte de S. Lázaro, de origem românica, que fazia parte da antiga estrada medieval Porto-Guimarães, por um velho moinho, com caraterísticas medievais e uma capela, a capela de S. Lázaro.

    Margens do Rio Leça | Foto Cláudio Anes

    7 – Moinhos de Águas Santas e Milheirós

    Testemunhos de um passado glorioso da intensa atividade moageira nas margens do rio Leça, estão ainda de pé algumas construções de antigos moinhos. Já não moem, mas estão aí deixando que as pedras contem um pouco da história destes locais e destas gentes.

    Vamos visitar:

    Moinhos da ponte, lugar de Alvura, freguesia de Milheirós (moinhos de rodízio).

    Moinhos do Trigo, lugar Moinhos do Trigo – Rebordãos. Este moinho pertenceu à família de Carolina Michaelis de Vasconcelos.

    Sobre alguns destes locais, encontra mais informação na compilação «50 espaços verdes em perigo 50 espaços verdes a preservar», nas secções relativas aos concelhos de Valongo e Maia, nomeadamente aos pontos 6 e 7 acima referidos.

    4 de março 
    Visita ao Monte Crasto em Gondomar e aos terrenos do Futuro Parque da Cidade de Rio Tinto

     

    PARA IR DIRETAMENTE À VISITA DE 2016 QUE PRETENDE USE A LIGAÇÃO:

    Julho: Sete Fontes em Braga, Mosteiro de Tibães
    Maio: Ourense, Piscinas Termais, Rio Minho, Rio Arnoia, Lagoa de Antela
    Abril: Rio Leça em Matosinhos
    Março: Arcos de Valdevez e Corno de Bico
    Fevereiro: Parque Oriental, Porto
    Janeiro: Ribeira da Granja, Porto

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    SETE FONTES EM BRAGA E MOSTEIRO DE TIBÃES
    9 DE JULHO DE 2016, SÁBADO

    Esta visita será orientada por Eduardo Pires de Oliveira, especialista no barroco e na cidade de Braga e seu termo. No seu livro A Freguesia de São Vítor, editado em Braga em 2001 pela Junta de Freguesia de São Vítor, Eduardo Pires de Oliveira dedica um capítulo às Sete Fontes, que se aconselha os participantes na visita a lerem, bem como todos os interessados. Apenas alguns excertos curtos para despertar o apetite para ler esse extrato mais amplo.

    O lugar das Sete Fontes nada tem hoje a ver com aquele em que, entre os finais do século XVII e meados do seguinte, se fizeram um sem fim de poços, minas e galerias para captação de água de abastecimento à cidade. Hoje divide-se entre campos de cultivo, bouças e ruas recentemente urbanizadas e ainda só parcialmente cobertas com construções.

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    Não foi ainda feito um estudo que nos permita saber quais foram as vicissitudes por que passou o abastecimento de água à cidade ao longo dos vinte séculos da sua história. Tudo quanto foi escrito até hoje pouco mais é do que achegas pontuais. Poderá parecer estranha esta omissão porque a água é um dos bens mais importantes e necessários da humanidade. Mas a verdade é que Braga é uma cidade em que está quase tudo por estudar.

    Como é que terá sido feito o abastecimento de água à cidade romana de Bracara Augusta? Como é que os seus habitantes resolveram este magno problema? Através dos poços das suas casas?

    Não pode haver dúvidas que a água dos poços era muito abundante e agradável; e que a cidade está implantada sobre um riquíssimo lençol freático.

    ***

    Não se conhece ainda qual foi a data em que a Câmara Municipal começou, de uma forma sistemática, a procurar águas para o abastecimento da cidade. Nem se sabe, também, até aos finais do século XVII, quais os lugares onde eram feitas as captações.

    ***

    Os gastos com a água eram realmente imensos. Na provisão, passada em 16 de Janeiro de 1731, em que o rei renova a concessão por mais seis anos das sobras das sisas para a obra das calçadas, refere-se a razão porque tomara esta atitude

    … em razão de faltarem as águas na dita cidade e comprarem duas fontes em distância e na fábrica de dois aquedutos gastarem mais de 15.000 cruzados

    E não é de admirar que os gastos atingissem números tão fantásticos como aquele. É que, para além da compra das águas e muitas vezes também da(s) bouça(s) onde elas esse situavam, ainda era necessário trazê-las para a superfície, conduzi-las por canos limpos, fazer pequenas casas para a reunião dos canos e para respiros, fontes, manutenção contínua, etc., etc. E, no fim, a água era distribuída gratuitamente nas fontes públicas, ou dada, em pequenas quantidades, a entidades colectivas como era o caso do Hospital, dos conventos, d do seminário, ou, ainda, a alguns proprietários nobres…
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    Será difícil, mas muito interessante, tentar reconstituir qual foi o dédalo de rotas, galerias, canais e «casas» que existiram nas Sete Fontes no século XVIII. A documentação, embora relativamente parca, mostra-nos que este labirinto deverá ter sido extraordinariamente intrincado.

    ***

    São de tal forma constantes as referências à água que quase se pode dizer que esta foi a actividade mais premente que a Câmara teve ao longo dos séculos. Apesar dos altos e baixos sente-se que há um interesse ininterrupto, uma procura activa de água para saciar a sede de uma cidade que até nem era nada falha de águas.

    ***

    As Sete Fontes, com as suas imensas condutas revestidas de pedra onde chegam a poder passar duas pessoas em simultâneo, com as suas condutas subterrâneas, algumas em profundidade e outras quase à superfície, com as minas e poços, com as seis «casas» – outrora eram em número de sete – em que se juntam, tratam e decantam as águas, as Sete Fontes, digo, são o mais importante monumento à perenidade da acção das sucessivas vereações que a Câmara teve durante os últimos quatro séculos. Foram muitos os trabalhos em que os edis se empenharam em resolver para o bom progresso da cidade; mas em nenhum se sente um cuidado tão grande quanto o que devotaram ao problema da água.

    Durante centenas de anos as Sete Fontes foram o principal ponto abastecedor de água da cidade. Foi só no ano de 1929 que começou a funcionar o sistema da central de captação de águas do rio Cávado, na Ponte do Bico.

    Naturalmente que hoje o caudal da água das Sete Fontes é manifestamente insuficiente para os consumos domésticos e industriais da cidade. Mas, sabendo-se que a água se tornará a muito curto prazo o bem mais importante da humanidade – bem mais necessário e valioso que o petróleo! – há que pensar seriamente em defender aquele manancial, estimado no ano de 1934 em cerca de 500.000 litros por dia.

    E, também, há que estudar detidamente toda esta epopeia que se estendeu por séculos, há que aprender a respeitar e preservar este importantíssimo conjunto do engenho e arte dos nossos antepassados.

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    As Sete Fontes não são apenas a parte visível, as lindas caixas de água com as armas do arcebispo D. José de Bragança e a data de 1744, data e armas que afinal não são de todo correctas porque, como vimos, já há pelo menos três quartos de século que ali se procurava a água – e com excelentes resultados – que a cidade bebia. As Sete Fontes são também aquele labirinto infindo de minas e condutas que por ali andam escondidas sob tojos, campos de cultura e alguns pinheiros.

    Retirar uma pedra a uma das caixas de água, cortar um veio, obstruir um canal, ou permitir a construção ao seu lado ou à sua volta, é destruir uma parte

    importantíssima de um todo excepcional e com raros paralelos por esse país fora como é o das Sete Fontes.

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    MOSTEIRO DE TIBÃES

    Recorremos novamente a Eduardo Pires de Oliveira para uma introdução ao mosteiro de Tibães.

    ***

    O verde e o ouro criaram em Tibães a obra prima absoluta do barroco português. A localização cenográfica, sobre o vale do Cávado, dominando-o; e a inteligência do homem ao implantá-lo nesta paisagem e criar um grande conjunto de obras primas transformaram-no num lugar mítico.

    Perdem-se nas brumas as memórias dos primeiros homens que por lá estiveram. No alto do pequenino monte de S. Gens escavações arqueológicas puseram a descoberto alguns vestígios de ocupação humana que remontam à Idade do Bronze.

    Mas quem vai a Tibães não está a pensar em épocas tão recuadas. Tibães sugere logo o barroco e o rococó.

    A verdade é que já no séc. XI temos referências a uma construção religiosa. Nas escavações arqueológicas descobriu-se, muito recentemente, a estrutura do velho claustro românico.

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    Quase pode dizer-se que tudo começou em 1567. Naquele ano chave a Congregação Beneditina portuguesa decidiu escolher o convento de Tibães para casa-mãe da ordem.

    A partir daí tudo teve que voltar a ser repensado. A igreja precisava de ganhar outra dignidade; o edifício conventual tinha que ser engrandecido e ampliado pois, com certeza, que viriam a ser precisas mais celas para os monges que, sem dúvida alguma, passariam a afluir em maior número; e outros espaços deveriam ser criados de novo, ou ampliados, pois agora Tibães não era apenas um entre os muitos outros mosteiros da ordem, a mais rica de Portugal e do fértil Entre Douro e Minho.

    Referir aqui a evolução dessas obras poderia ser interessante. Mas pensamos que será mais fácil compreender Tibães se nos guiarmos pelos seus grandes espaços, pelas grandes massas construtivas. Diga-se, contudo, que quase tudo se fez no período que vai do segundo quartel do séc. XVII até aos inícios do século passado.

    A igreja é grandiosa. Tão grande ou maior que as dos conventos existentes na cidade. Foi totalmente remodelada na primeira metade de seiscentos sob projectos de homens tão eminentes como Manuel Álvares e frei João Turriano, muito bem secundados por mestres-de-obras tão competentes como Bento Correia (até 1650), António Correia (1650-1657) e Pedro Machado (1657-1659). Em 1660 ficou concluído o ciclo das obras de grande dimensão.

    É muito curioso constatar-se que o templo foi construído da capela-mor para a fachada, facto que foi comum em muitas outras igrejas da região: assim aconteceu à românica Sé, a S. Vicente, aos Congregados…

    Na sua fachada sente-se que o maneirismo começa a querer dar lugar ao barroco, mas o novo estilo é ainda titubeante e é mais visível em pequenos pormenores, ou na relativa abundância de nichos e estátuas, do que no seu desenho geral.

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    Entra-se e sente-se que, como não podia deixar de ser, a arquitectura interior é ainda profundamente maneirista; no que está em comunhão com a de uma boa parte dos templos bracarenses (Pópulo, Santa Cruz, Terceiros…). As capelas laterais, comunicantes, evitam as naves e tornam-se independentes. Quando uma recebe alguma transformação as outras não são afectadas porque visualmente não se relacionam.

    A unidade da igreja não é assim tocada porque a arquitectura é possante e tudo domina, funcionando como elo de união dos “fragmentos” que são as capelas.

    Mas tudo é, também, dominado pelo fascinante retábulo-mor (1757-1760), único, grandioso, como todas as outras obras concebidas por André Soares; e nele existiu ainda outra mão superiormente dotada, a do entalhador que o executou, José Álvares de Araújo, mestre que foi, juntamente com Jacinto da Silva, o mais importante entalhador bracarense da sua época.

    André Soares deu plena liberdade ao seu delírio criativo, à sua mão, permitindo-lhe que ela seguisse livre e que transformasse os concheados que ele apreendera nas gravuras de Augsburgo que vira na biblioteca deste mesmo convento. As conchas são agora algas, folhas, quase diria seres vivos que se plasmam de tal forma nas colunas do retábulo que parecem ser estruturais. O coroamento é outra autêntica explosão de linhas sinuosas! O rococó atingia aqui um dos seus pontos máximos.

    De Soares são também o grande sanefão que cobre o arco cruzeiro, os dois púlpitos, várias sanefas e outras obras que nos permitem ter uma perfeita noção da dimensão transgressora da talha, da transformação que pode operar no espaço arquitectónico, na alegria, na volumetria, na cor e na animação que lhe transmite.

    O conjunto da capela mor encerra ainda outras peças de caracter excepcional: são os grandes bancos, a cadeira do Dom Abade, a credência e as grandes, imponentes, molduras dos janelões, tudo desenhado por frei José Vilaça, obras em que o trabalho da madeira volta a atingir uma qualidade inultrapassável.

    Os outros retábulos encerram também talhas da maior qualidade executada em diferentes momentos e períodos. Nacional, joanino e rococó juntam-se aqui com peças extraordinárias; e se lhe juntarmos a talha e o cadeiral poder-se-á perceber melhor a razão porque se diz que Tibães foi uma escola que formou gerações e gerações de entalhadores e artistas de outras artes; ou porque a igreja é um autêntico museu da Talha.

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    É o retábulo “nacional” da capela de Santa Gertrudes (1667), de António de Andrade, mestre entalhador de Guimarães que neste convento deixou o melhor da sua vida e da sua obra. O joanino da capela do Descendimento (1739), de Francisco Palmeira. A capela de Santa Ana, com retábulo “nacional” onde se vê uma Sagrada Família, do beneditino Frei Cipriano da Cruz; mas onde está, também, uma maquineta rococó, em cujo interior estão as imagens de Santa Ana, São Joaquim e a Virgem, conjunto da autoria de Frei José Vilaça … E todo um outro programa fascinante de capelas, de talhas, de escultura e de pintura que enchem cada recanto, cada capela, transmitindo-nos um calor visual que só as obras de grande qualidade conseguem.

    E como que emoldurando tudo, marcando bem a diferença que devia existir entre o espaço e público e o sagrado, estão as grandes grades de pau preto, com os seus latões dourados, rococó – à espera de limpeza para refulgirem – que os ensambladores portuenses Manuel Moreira Dias e José Fernandes Neves e o latoeiro bracarense António José Correia criaram nos três anos que vão de 1755 a 1758.

    O sol, sobretudo ao fim da tarde, quando os raios entram de uma forma quase directa, quando a luz está já ténue, é um elemento que transfigura a igreja, que realça de uma forma única, toda a luminosidade que só a talha dourada possui. Ver a igreja num momento destes ou em qualquer outra hora é algo tão diferente quanto o podem ser um dia quente de verão e outro de inverno chuvoso.

    Completa a igreja o coro alto com o seu cadeiral. É possível que este tenha sido feito por António de Andrade; estenderam-se os trabalhos de 1666 a 1668, data em que deve ter terminado o trabalho de madeira dos espaldares.

    Neste coro alto vemos ainda um oratório, com uma grande imagem de Cristo e, lateralmente, o órgão (1781), obras de frei José Vilaça, na parte da talha e do mestre organeiro galego Francisco António Solha, músico que viera para Portugal em 1737, para ajudar frei Simão Fontanes a construir os órgãos da Catedral.

    A sacristia, talvez riscada por frei João Turriano, recebeu obras em diferentes momentos. As mais importantes correspondem ao período de 1680-1683 em que frei Cipriano da Cruz modelou para aqui doze figuras, em tamanho natural, representando as Virtudes, os reis beneditinos e a alegoria da igreja.

    No década de 50 do século de setecentos André Soares riscou um novo retábulo que veio substituir o existente; também foi entalhado por José Álvares de Araújo. O velho retábulo, bem como o que anteriormente estava na capela-mor, foram levados para a igreja de S. Romão do Neiva, que dependia destes monges, onde ainda se encontram.

    A zona conventual é imensa. Estende-se ao longo de vários espaços interiores. A sua arquitectura é simples, quase se diria clássica. Os floreados, a arte dos homens, ficou reservada para o templo, o espaço sagrado por excelência.

    As celas sucedem-se numa harmonia que só aparentemente é monótona. O seu ritmo é perfeito.

    Dos claustros o mais belo é o do Cemitério. Reedificado em 1727 recebeu trinta anos mais tarde um chafariz de duas taças. E em 1770 um conjunto de painéis de azulejos lisboetas, rococó, alusivos à vida de S. Bento; estes azulejos estão parcialmente perdidos pois foram sofrendo, ao longo dos tempos, vários desaires: o grande incêndio de 1892, os roubos e o transporte de dois deles para o museu D. Diogo de Sousa, encontrando-se agora no átrio do Paço Arquiepiscopal. No lado sul, na parte central, podem ver-se duas magníficas portas em granito lavrado, feitas sob desenho de frei José Vilaça.

    Das zonas situadas no interior nada se conserva que nos mostre a beleza e o esplendor antigo. É essa a posição assumida pela direcção deste convento-museu: assumir a ruína. O que não quer dizer que não se recupere aquilo que é possível e de que há dados seguros ou se atalhe a degradação nas zonas que precisam de obras.

    Por essa razão tem sido recuperados – mais do que restaurados – vários dos espaços. A ala das celas viradas a poente já recebeu esse benefício, bem como a sala da farmácia e a da biblioteca; pena é que os frascos das essências já não existam e os livros estejam quase todos na Biblioteca Municipal do Porto!

    A sala-mãe – a Casa do Capítulo – também já está com um belo aspecto. Esta grande sala era o local em que se reuniam os monges para as ocasiões mais graves, entre elas as da escolha do abade geral, isto é, o religioso que governaria no triénio seguinte.

    Com um retábulo de frei José Vilaça, de 1785, em que o rococó já deu lugar ao novo gosto – o neoclássico, que a pintura acentua – esta sala tem ainda um grande rodapé de azulejos rococó, da mesma data, representando cenas da vida de José do Egipto. Antigamente a parte superior era quase inteiramente recoberta com cerca de sessenta retratos dos abades gerais. A incúria dos tempos e a venda desabrida, sobretudo nos anos 70 e 80, levou a que neste momento apenas existam oito, dois deles salvos pela ASPA.

    Saindo desta sala entra-se quase logo na cerca. Totalmente rodeada por um alto muro de pedra encerra um grande conjunto de fontes, um escadório e um grande lago; zonas absolutamente cuidadas, marginadas por buxo ou muretes pintados e outras de mata frondosa, com árvores de grande porte e onde ultimamente tem sido vista uma raposa …

    De todo este conjunto a parte mais espectacular é, sem dúvida alguma, o escadório. Claro está que não tem a dimensão nem a maravilha do existente no Bom Jesus do Monte, de que é coevo. Mas se nos lembrarmos que este era um espaço privado dever-nos-emos admirar da sua extensão, das suas fontes, dos azulejos que perdeu mas de que ainda se vêem alguns vestígios que nos permitem pensar como todo este espaço seria belo e majestoso no tempo dos monges. E torna-se necessário este apelo aos sentidos, à imaginação, à recriação, tal foi a ruína a que os homens quiseram que chegasse esta magnífica obra!

    A compra pelo Estado, em 1986, foi tardia. Nos últimos anos da posse de particulares os desmandos e as vendas sucederam-se, chegando-se ao cúmulo de serem alienados pavimentos completos de lajes! Ante a passividade dos poderes públicos locais e centrais que chegaram, inclusive, a participar nessa incrível delapidação!

    Hoje tudo está no bom caminho. A criação do Museu permitiu que se repensasse este espaço, que se atalhasse o caminho da violenta ruína, se permitisse pensar que poderia haver um futuro.

    A grande extensão da zona construída levanta problemas vários de consolidação e recuperação. Mas também cria uma outra questão que não é menos importante, que é o da sua futura utilização. Neste momento funciona já uma escola de recuperação de obras de arte, sobretudo no domínio da talha, cumprindo desta forma o projecto da equipa que o orienta: transformar o mosteiro num amplo espaço cultural que esteja ao serviço da região e que sirva de espaço de diálogo entre o passado, o presente e o futuro, entre o religioso e o laico.

    O conjunto do Mosteiro de Tibães e sua cerca estão classificados como Imóvel de Interesse Público desde 1949. Uma Zona Especial de Protecção foi atribuída em 1949. O imponente cruzeiro seiscentista que se vê junto integra desde 1910 a lista dos Monumentos Nacionais.

     

     

    RIO LEÇA VISITA 9 DE ABRIL, SÁBADO

    [Se gostaria de participar nesta visita e não recebeu informação pormenorizada por email sobre preço, condições e processo de inscrição, envie um email com o título: Rio Leça, para: atividadesca@gmail.com, e indique o seu nome e um telefone de contacto.]

    Alguns trechos do Rio Leça foram selecionados em 2006-2008 na campanha da Campo Aberto «50 Espaços Verdes em Perigo e a Preservar». Em compilação que descreve um a um esses espaços é possível, através do índice, localizar aqueles que estão ligados ao Leça. Embora os trechos selecionados não se situem no concelho de Matosinhos, alguns aqui situados poderiam ter sido igualmente escolhidos. Pelo menos indiretamente, esta visita insere-se em visitas semelhantes que em 2015 e 2016 temos vindo a efetuar com o objetivo de relançar o interesse e a atividade pela salvaguarda daqueles 50 espaços, onde ela for possível, e de outros valores ecológicos da Área Metropolitana do Porto.

    A Campo Aberto agradece ao Professor José Luís Araújo, profundo conhecedor do rio, a sua disponibilidade para orientar esta visita.

    As notas adiante inseridas utilizaram informações em linha da Câmara Municipal de Matosinhos e de outras proveniências, e algumas fornecidas pelo orientador da visita.

     

    Os cursos de Água em Matosinhos
    Área a Visitar – troço jusante do rio
    Pontos de paragem-Parque da Ponte do Carro
    Quinta pedagógica do Monte de S. Brás
    Monte de S. Brás
    Ponte de Goimil – Custoias
    Ponte da Pedra – Leça do Balio
    José Luís Araújo e o Rio Leça

    Rio-Leça-1

     

    OS CURSOS DE ÁGUA EM MATOSINHOS
    Em Matosinhos são vários os cursos de água que serpenteiam por todo o concelho irrigando zonas onde ainda é praticada a agricultura, e percorrendo zonas de caráter urbano e industrial antes de desaguarem no Oceano Atlântico que banha a nossa costa ou em outros cursos de água principais.

    O rio Leça é sem dúvida o rio mais conhecido do concelho dada a sua importância na modelação do terreno e da paisagem. Igualmente o rio Onda, cujo percurso se insere em Matosinhos no seu troço final, é considerado de interesse no projeto ambiental da autarquia. O rio Leça é um curso de água que nasce no concelho de Santo Tirso, e que, no seu percurso até à foz, no porto de Leixões, em Matosinhos, percorre cerca de 47 Km ao longo de quatro concelhos (Santo Tirso, Valongo, Maia e Matosinhos).

    Os ecossistemas aquáticos, ripícolas e terrestres associados à bacia hidrográfica do Leça encontram-se fortemente alterados devido à inserção da mesma numa área intensamente industrializada e com grande aglomerado populacional. Tal como acontece com a maioria das bacias hidrográficas do nosso país, apenas podemos encontrar situações de melhor qualidade ecológica nas zonas próximas das nascentes.

    Os relatos de inícios do século XX apresentam-no como um rio bucólico, calmo, pleno de azenhas e açudes, correndo por entre bouças, milheirais e humedecendo férteis várzeas. Aliás, tais como outros concelhos dos arredores do Porto, o concelho da Maia era um importante centro de cultivo hortícola e frutícola, fornecedor da cidade, pelo que podemos imaginar a importância do rio Leça e da sua rede hidrográfica como gerador de recursos naturais e consequentemente no estabelecimento de aglomerados humanos.

    ÁREA A VISITAR
    Troço jusante ou terminal da bacia
    Zona mais extensa e vasta, que engloba todo o núcleo urbano e periurbano dos concelhos da Maia e de Matosinhos e algumas freguesias do Porto. É fortemente industrializada e por conseguinte a sua qualidade paisagística é genericamente reduzida.

    Freguesias abrangidas: Moreira da Maia, Milheirós, Águas Santas, S. Mamede de Infesta, Paranhos, Leça do Balio, Leça da Palmeira, Custóias e St.ª Cruz do Bispo.

    Ponte do Carro no Rio Leça

    PONTOS DE PARAGEM

    Ponte do Carro

    Na zona da Ponte do Carro, no Rio Leça

    1- Parque da Ponte do Carro (Santa Cruz do Bispo)
    O Parque da Ponte do Carro foi instalado sobre um troço encaixado do vale do rio Leça, ocupando prioritariamente a margem direita, sendo que sobre a margem esquerda passa a uma cota muito elevada o caminho-de-ferro (Porto de Leixões/Ermesinde).

    O Parque foi construído numa zona de terreno bastante acidentado, essencialmente florestal, na envolvente de uma ponte medieval de cavalete sobre o Rio Leça  com um arco de volta perfeita, construída em alvenaria de granito muito irregular, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1971. É constituído por um conjunto de pequenas plataformas interligadas por percursos pedonais. Os percursos ao longo do rio são acompanhados de espaços relvados e equipados com mesas e bancos e equipamentos de diversão infantil. O núcleo edificado aqui existente revela uma forte associação à vida ribeirinha, existindo nomeadamente moinhos. O parque tem também uma ligação íntima à Quinta de Santa Cruz do Bispo, assim como ao Monte de São Brás.

    A zona da Ponte do Carro foi recentemente intervencionada, apesar do mesmo ainda não se verificar relativamente ao rio Leça, um dos mais afetados pelas descargas poluentes que ciclicamente nele são despejadas. Do caminho que conduz até ao parque avistam-se campos agrícolas e um magnífico carvalhal de Quercus robur, de árvores centenárias. O caminho é ladeado por vários castanheiros-da-índia (Aesculus hippocastanum), árvore robusta, com grande copa. Ao longo das margens, foram feitos passeios donde é possível contemplar várias espécies de plantas como o padreiro (Acer pseudoplatanus), diferentes espécies de carvalhos (Quercus robur e Quercus rubra), laranjeiras (Citrus sinensis), sabugueiros (Sambucus nigra), entre outras. Mais à frente avista-se uma vegetação tipicamente ripícola que acompanha o rio Leça e que integra o chamado Corredor Verde do Leça. Aqui a vegetação é constituída essencialmente por amieiros (Alnus glutinosa) e por freixos (Fraxinus angustifolia).

    2- Quinta Pedagógica Monte de S. Brás
    O projeto de Conservação da Paisagem Agrícola e Florestal do Parque Monte de S. Brás teve como objetivo a renovação de todo o espaço, a fim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos utentes deste espaço e dignificar a própria cidade de Matosinhos. A área de intervenção situa-se numa área de RAN e REN e destina-se à instalação de duas áreas de intervenção: área de produção hortícola e agrícola e área de revitalização de tradições e paisagens.

    A reabilitação/construção de edifícios no Parque Monte de S. Brás teve como objetivo criar equipamentos capazes de assegurar as principais vertentes de funcionamento que se pretendem implementar: uma ligada às atividades de gestão, exploração e manutenção dos espaços e, uma outra, direcionada para o desenvolvimento de atividades lúdicas e pedagógicas, onde serão realizados programas de educação ambiental, procurando-se recriar o ambiente tradicional das explorações agrícolas do início do século passado. Pela existência de edifícios, alguns dos quais em situação de ruína, pertencentes à antiga Quinta existente no local, foi realizada a sua recuperação, tendo em vista a implantação das novas instalações do Núcleo da Quinta. Esta solução irá concentrar a gestão e manutenção dos parques e dos equipamentos que lhes estão afetos, permitindo a otimização dos recursos disponíveis e evitando a dispersão de elementos construídos em solos de qualidade (RAN) e em zonas inundáveis e de máxima infiltração (REN). Realça-se ainda que as infraestruturas propostas tiveram em conta o caráter ecológico da iniciativa e, sempre que possível, procurou-se usar mecanismos autosustentáveis e solidários com o ambiente.

     3- Monte de S. Brás
    Subida ao alto do Monte S. Brás para observar a estátua do «Homem da Maça» e contemplar a paisagem. O Monte de São Brás, que atualmente funciona como parque público, pertencia à antiga Quinta de Santa Cruz do Bispo. No seu perímetro alberga as capelas de São Brás, também dedicada a Nossa Senhora do Livramento, do Mártir São Sebastião, e uma escultura em granito, designada Homem da Maça e seu bicho. Junto às capelas foi colocado, em 1935, o Homem da Maça, uma estátua de granito de linhas arcaicas e robustas, cuja data de execução se desconhece. A figura é representada com barba e cabeleira, estando os braços amputados até à altura dos cotovelos. Possui vestes de guerreiro, e junto a si foi esculpido um animal, deitado, que se assemelha a um leão. Esta estátua esteve durante muito tempo colocada na base do monte, junto à Capela de S. Sebastião, tendo sido transportada em 1955 para o local onde atualmente se encontra. A ela está associada uma lenda popular, integrada no imaginário vivenciado na Romaria a S. Brás e do «Homem da Maça», que se festeja a 2, 3 de Fevereiro e primeiro domingo seguinte.

    Ponte Goimil

    Ponte de Goimil no Rio Leça

    4- Ponte de Goimil (Custóias)
    Numa paisagem aberta das margens do rio Leça, ergue-se a ponte medieval de D. Goimil. É um interessante exemplo da arquitetura civil pública medieval classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1971. Ponte românica de cavalete com um arco ogival, construída em alvenaria de granito irregular.

    As obras de reabilitação da ponte românica de Dom Goimil, em Esposade, Custóias, ficaram recentemente concluídas (março 2015). A travessia do rio Leça, agora devolvida às suas condições originais, constituirá doravante um novo elemento do projeto de valorização dos Caminhos de Santiago em Matosinhos – um dos eixos de atuação da Câmara Municipal de Matosinhos na área do património e do turismo, inserido também no programa da Capital da Cultura do Eixo Atlântico, evento que a cidade acolherá em 2016.

    Rio Leça-4

    5- Ponte da Pedra (Leça do Balio)
    Ponte construída em pedra, com dois arcos de volta perfeita. Com uma relação de proporções que lhe conferem uma robustez caraterística. Estabelece uma forte relação com a envolvente, na sua maioria, campos agrícolas. De realçar também a vegetação autóctone que acompanha o curso do rio e que permite uma integração perfeita desta ponte na paisagem.<a id=“araujo></a>

    Ponte da Pedra

    Ponte da Pedra no Rio Leça

    JOSÉ LUÍS ARAÚJO E O RIO LEÇA 
    Cidadão com cerca de 59 anos de idade, quase 50 dos quais «passados na Escola», aprendendo e tentando ajudar a aprender. Professor há cerca de 35 anos, mais de 30 dos quais no Concelho de Matosinhos, onde o Rio Leça desagua. Como cidadão tem procurado intervir, participando na comunidade em que se integra.

     

    O Professor José Luís Araújo numa visita da Campo Aberto ao Rio Leça em 2011.

    O Professor José Luís Araújo numa visita da Campo Aberto ao Rio Leça em 2011.

    Conhece de perto há mais de 30 anos o Rio Leça, e preocupa-o o modo como tem sido tratado. Conhece as «estórias» do seu passado como espaço de lazer e de trabalho, e o seu presente das últimas três décadas, que não é muito famoso. Como cidadão e como educador, tem procurado intervir no sentido de se conseguir a sua reabilitação e assim voltar a ser um espaço de lazer e fazer.

    Nesse sentido, tem procurado mostrar o melhor e o pior do Rio Leça aos jovens e adolescentes e aos cidadãos em geral. Projetos que dinamizou foram vários, como o intitulado «O Rio que Nos viu Nascer», na década de 1980, e que envolveu centenas de alunos e professores, a Junta de Freguesia de Guifões, a Câmara Municipal de Matosinhos e a população em geral, e, a partir de meados da década de 1990, o Projeto Mil Escolas «A Água e os Nossos Rios», promovido pela empresa Águas do Douro e Paiva; no âmbito do Projeto Rios, em cuja criação esteve envolvido e no qual coordenou vários grupos de adotantes de  troços de Rio, no Leça, na Ribeira da Lomba e na Riguinha; o Ecoclube Guarda-Rios, Grupo formado por jovens dos 10 aos 25 anos e que intervêm na comunidade em que estão inseridos de um modo particular em questões ambientais. No desenvolvimento destes projetos, animou dezenas de visitas ao Rio Leça, mais de uma dezena da Nascente até à Foz. Neste âmbito foram realizados três Encontros «À Conversa com o Leça».

     

    MAIO DE 2016 SÁBADO 7
    CICLO CIDADES FLUVIAIS DO NOROESTE

    VISITA A OURENSE

    [Se gostaria de participar nesta visita e não recebeu informação pormenorizada por email sobre preço, condições e processo de inscrição, envie um email com o título: Ourense, para: atividadesca@gmail.com, e indique o seu nome e um telefone de contacto.]

    À semelhança da visita às Ilhas Cìes, em julho de 2015, em maio de 2016 a Campo Aberto organiza uma visita em colaboração com os Amigos da Terra da Galiza. Integrada no ciclo Cidades Fluviais do Noroeste (neste caso preciso, Noroeste da Península), será à região de Ourense, na margem direita do Rio Minho.

    O Rio Minho na Foz com Caminha do lado português, La Guardia do lado galego.

    O Rio Minho na Foz com Caminha do lado português, La Guardia do lado galego.

     

    O Minho perto de Vila Nova de Cerveira.

    O Minho perto de Vila Nova de Cerveira.

     

    O Minho em Ourense, Galiza.

    O Minho em Ourense, Galiza.

    Sábado 7 Manhã

    Lagoa de Antela-1

    Visita, na companhia do naturalista  próximo dos Amigos da Terra da Galiza, Alberto Rivero, à antiga Lagoa de Antela, na zona de Xinzo de Limia, que é ainda hoje uma das zonas húmidas mais interessantes da Galiza do ponto de vista ornitológico apesar de hoje muito diminuída.  É uma ZEPA, Zona Especial de Proteção Ambiental. Outrora uma das zonas húmidas mais extensas da Península Ibérica, foi drenada nos anos 1950. Estava situada na região da Limia, no centro da província galega de Ourense. Abrangia terrenos situados nos concelhos de Sandiás, Sarreaus, Vilar de Barrio, Xinzo de Limia e Xunqueira de Ambía. A 615 metros de altitude, tinha 7 km de comprimento e 6 de largura e a sua profundidade variava entre 60 cm em média até, em alguns pontos, 3 metros de fundo.

    Lagoa de Antela-2

    Lagoa de Antela-3

    Sábado 7, de tarde

    Ao princípio da tarde, ainda com Alberto Rivero, visitaremos, nas cercanias da vila de Allariz, o rio Arnoia, de cuja rica biodiversidade tomaremos conhecimento.

    A meio da tarde, em Ourense, visitaremos a zona termal do rio Minho. O Minho corre ao longo da cidade de Ourense. A cidade é reputada pelas suas águas termais. As diferentes «pozas» ou pequenas piscinas situam-se na margem direita do rio. A fauna e flora da região fluvial, nesta visita, será em princípio explicada por  Alberto Rivero. Finda esta parte da visita, regressaremos ao Porto. Mas veja ainda, mais abaixo, algumas informações sobre a Serra de San Mamede, situada também na região de Ourense.

    Termas no Rio Minho, em Ourense.

    Termas no Rio Minho, em Ourense.

    Termas da Chavasqueira, em Ourense.

    Termas da Chavasqueira, em Ourense.

     

    Minho-Bacia Hidrográfica

    Bacia Hidrográfica do Rio Minho.

    Minho-Bacia Hidro

     

    SERRA DE SAN MAMEDE

    Originariamente prevista no programa, a visita à Serra de San Mamede, cerca de Ourense, acabou por ficar adiada para outra oportunidade, talvez no verão de 2017. No entanto, ficam aqui já alguns elementos para quem quiser documentar-se sobre a região.
    O centro de educação ambiental gerido pelos Amigos da Terra da Galiza, Las Corcerizas, perto do Alto da Serra de San Mamede, merece de facto uma visita, em especial devido à sua estrutura energética. As instalações energéticas do Centro são baseadas em fontes renováveis, alternativas, de baixo impacto ambiental.

    Corcerizas-5

    A parte de construção nova do centro As Corcerizas. Há uma sala de auditório e um restaurante cantina. Estas construções novas aplicam técnicas de arquitetura biodinâmica e de bioconstrução.

     

    Na Serra de San Mamede, contemplando montes e vales, com os Amigos da Terra da Galiza, numa ação de educação ambiental.

    Na Serra de San Mamede, contemplando montes e vales, com os Amigos da Terra da Galiza,
    numa ação de educação ambiental.

    A Serra de San Mamede forma junto com a Serra de Queixa, com a Serra do Fial das Corzas e as montanhas de Invernadeiro, o espaço natural mais completo de alta montanha galega, o grande maciço orensano. Pertence aos concelhos de Montederramo (a norte e a leste), Baños de Molgas y Maceda (oeste) e Villar de Barrio (a sul). Do lado leste a vegetação é típica de um clima continental de montanha. Encontra-se vegetação de monte baixo e bosques de coníferas resultantes da reflorestação dos bosques. Do lado oeste (vale de Maceda), aparecem carvalhos, castanheiros e vidoeiros.

     

     

    Corcerizas-2

    Uma manifestação ativa de intervenção para as montanhas observarem… e nós com elas. Os Amigos da Terra da Galiza exprimem alguns dos seus principais temas de intervenção nestes cartazes, entre eles a proteção das montanhas.

    É uma área protegida classificada como Sítio de Importância Comunitária, integrada na Rede Natura 2000 e em curso de classificação como Parque Natural. Até 2004 havia aqui uma reserva de veados e corços em recinto vedado, que já não existe. É perto deste recinto abandonado que se situa o centro de educação ambiental As Corcerizas, do lado ocidental da Montanha.
    O albergue do centro  é uma antiga casa de guarda florestal, que foi restaurada segundo critérios de bioconstrução mas conservando cuidadosamente a traça tradicional. Vê-se muita neve, porque a foto foi tirada no inverno, mas no verão é decerto verdejante.
    Albergue Corcerizas?

     

    San-Mamede-2

     

    A região de Montederramo destaca-se pelo seu  Bidueiral (vidoeiral, mata com predomínio de vidoeiros, também designados por bédulo, bétula ou bidoeiro, em galego biqueiro). A povoação de Montederramo tem um bonito Mosteiro. Na zona há várias aldeias muito interessantes, como  Rebordechao.

    San Mamede-3

    E, para treinar o seu galego, aqui vão alguns elementos sobre vegetação da Serra de San Mamede na língua de que a nossa é gémea: «Vexetación: na cara leste a vexetación é propia dun clima continental de alta montaña, a chamada rexión eurosiberiana galega. Atopamos no noso camiño vexetación de monte baixo, queirugascerquiñosuces brancasarandoscancireixos e máis bosques de coníferas resultado da repoboación forestal. Por outra banda, dirixindo a nosa mirada cara o oeste, baixando pois ao val de Maceda, aparecen carballos, castiñeiros e bidueiros.  A Serra de San Mamede está repartida entre as moitas parroquias de cada un dos catro concellos que a forman. Así, as aldeas presentes na serra empregan os seus montes comunais repartidos por todo o territorio como lugar de pasto para o gando, maioritariamente vacún, e como zonas produtoras de madeira. Repartidos por toda a serra, aínda que soamente son doados de divisar no inverno, pódense atopar corzoscervosxabaríns elobos, ademais de coellos e lebres, claros indicadores das rexións da Galiza interior. Tamén hai ampla variedade de aves, réptiles e anfibios. En canto as aves, cómpre destacar a existencia de máis de cen especies, entre as que temos a charrela(perdix perdix), somormullosmartiño peixeirolavandeiras e un bo número de aguias e falcóns. Fonte: Galipedia.»


    San-Mamede-1

    JANEIRO E FEVEREIRO DE 2016

    As duas primeiras visitas de 2016 são visitas curtas e ambas dentro da cidade do Porto. Ambas também se referem aos 50 Espaços Verdes a Preservar selecionados em 2006-2008 numa Campanha da Campo Aberto, desde 2014 em atualização permanente. Em janeiro, foi à Ribeira da Granja (30 de janeiro) e em fevereiro será ao Parque Oriental (27 de fevereiro). Ver a seguir à informação sobre março de 2016 – Arcos de Valdevez.

    MARÇO DE 2016
    ARCOS DE VALDEVEZ, CENDUFE, SISTELO, CORNO DE BICO

    As notas que se seguem baseiam-se no Roteiro-Património Histórico editado pelo Município de Arcos de Valdevez e em informações recolhidas na internet. Aproveitamos para agradecer a colaboração gentil e dedicada que nos foi proporcionada, para a programação e preparação desta visita, pelo Vereador do Urbanismo do Município de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves, e por todas as pessoas que nos atenderam, receberam ou se disponibilizaram nesse período preparatório, nomeadamente a Dra Cláudia Guimarães, o Dr. Nuno Soares, o Eng. Luís Macedo, o Professor Leandro Morais, as Senhoras Tânia Lourenço, Cecília Cunha e Natália Veloso, bem como o Senhor Alberto Viana, o Senhor Manuel de Carvalho, o Presidente da Junta de Freguesia de Sistelo, Sérgio Rodrigues, o Senhor Joaquim Carlos Dantas do projeto Território com Vida e Habitat Natural, e ainda a equipa do CEIA – Centro de Educação e Informação Ambiental da Paisagem Protegida do Corno de Bico, no Município de Paredes de Coura. 

    Sábado 19 de março, de manhã
    Ambiente e Natureza nos Arcos – Caminhada na ecovia

    Uma introdução breve, pelo Eng. Luís Macedo, Chefe de Divisão do Ambiente do município, com apresentação de temas ligados ao Rio Vez e à classificação do concelho de Arcos de Valdevez como Reserva da Biosfera.

    Segundo o e-sítio do município, as vantagens naturais de um concelho integrado no Parque Nacional da Peneda-Gerês, declarado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera, fazem de Arcos de Valdevez um destino de visita que oferece uma riqueza ambiental, paisagística e a biodiversidade de um território de excelência no contexto nacional e internacional.

    Será feita em seguida uma caminhada pela Ecovia junto ao Rio Vez, desde a sede do concelho até à Ponte de Santar, com a colaboração do Prof. Leandro Morais, Técnico Superior de Desporto do município. A caminhada percorre uma extensão de 5,5km e é de grau considerado fácil. Terá uma duração entre horas e meia a duas horas.

    Ponte de Santar

    Esta ponte de Santar tem um aspeto vetusto. A seguir, um tabuleiro da nova ponte de Santar, todo reluzente de novidade. Custa a crer que sejam da mesma coisa…

    Ecovia do Vez, Santar- Ponte sobre o Vez

    Será mesmo a mesma ponte de Santar que figura mais acima?
    Nem tudo o que reluz é ouro…

    Ponte sobre o Rio Vez – Ponte da Vila

    Ponte sobre o rio Vez – Ponte da Vila

    A atual ponte que liga as duas margens da Vila de Arcos de Valdevez é uma construção do século XIX, iniciada em 1876 e finalizada em 1880, que substituiu integralmente um exemplar de origem medieval. Desta primitiva construção não restaram elementos arquitetónicos, pelo que o conhecimento da sua estrutura original assenta numa escassa bibliografia e em algumas gravuras. A existência da ponte e sua associação com a feira local, de significativa dimensão e importância no século XV, bem como uma importante rede viária de e para o exterior, estiveram na base do desenvolvimento histórico, económico e social da Vila dos Arcos.

    Sábado 19 de março, de tarde
    Visita ao Centro Histórico

    Relógio-Água

    Este relógio de água moderno rodeado de uma fileira de chafarizes está situado bem no centro da sede do concelho de Arcos de Valdevez.

    Igreja da Misericórdia
    Imóvel de Interesse Público desde 1996 (Dec. 2/96, DR 56 de 06-03-1996)

    Em 1595 a Confraria da Misericórdia é fundada na Vila dos Arcos, acontecimento que promove a edificação do primeiro templo, reconstruído totalmente em 1710. A igreja apresenta-se com uma planta de tipo longitudinal, com portal axial e frontal ricamente decorado, em estilo barroco, apesar de alguns elementos, como o púlpito e coro, serem já neoclássicos. O cruzeiro, localizado no largo fronteiro à fachada do templo, é um exemplar do século XVIII composto de dois degraus, base decorada e capitel com representações da vida de Cristo, rematado em cruz. Na zona traseira da igreja é possível discernir uma intervenção de valorização das estruturas arqueológicas pertencentes à antiga Casa das Vessadas, cujo espaço contíguo albergou também o primitivo cemitério da Confraria.

    Igreja da Lapa (séc. XVIII)
    Imóvel de Interesse Público (Dec. 129/77, DR de 20-09-1977)

    O culto de Nossa Senhora da Lapa, de origem beirã, terá chegado aos Arcos por volta de 1758, apresentando-se o templo concluído em 1767. A igreja carateriza-se pela singularidade das soluções arquitetónicas que patenteia, nomeadamente pela planta centralizada, pela colocação da torre atrás da capela mor, e, sobretudo, por uma ampla e alta cúpula, criando uma solução inovadora e simples. O conjunto, atribuído a André Soares, é marcadamente Barroco. O interior, com três elementos caraterísticos de cuidada talha ao nível dos retábulos e grades, é um exemplo típico de estilo Rococó.

    Relógio d’Água

    Evocando a clepsidra, uma das primeiras medições do tempo inventadas pelo homem, este relógio tem no entanto uma silhueta modernista e é animado por um fileira de chafarizes.

    Relógio-Água-2

    A Clepsidra, talvez o mais antigo método de medir o tempo, tem aqui esta interpretação modernista e atual.

    Capela de Nossa Senhora da Conceição (Capela da Praça) (séc. XIV/XV)
    Imóvel de Interesse Público (Dec. 43073, DG 162, de 14-07-1960; ZEP, DG 125 de 26-05-1964)

    É o monumento mais antigo da vila dos Arcos, na transição entre o Românico e o Gótico, provavelmente edificada ainda nos finais do século XIV. Esta pequena capela funerária apresenta-se singela na espacialidade e decoração, embora sejam de assinalar os elementos decorativos do arco da entrada principal (Gótico), bem como os escassos vestígios de pinturas do arco triunfal, provavelmente do século XV/XVI. A instituição da Confraria de Nossa Senhora da Conceição em 1691 e a construção do altar em talha no século XVIII, marcam os últimos momentos evolutivos da capela que, posteriormente, foi votada ao total abandono até às modernas intervenções de reabilitação.

    Doçaria Central

    A Doçaria Central produz desde 1830  um famoso pão de ló, os charutos dos Arcos (enroladinhos de gema de ovo e açúcar em bolacha fina), e apreciados  rebuçados dos Arcos, confeitados com o uso de antigas máquinas e receitas ciosamente preservadas em segredo pela família que as produz. Julie Dawn, inglesa radicada em Portugal, mostra entusiasmo por esta Casa, no seu blogue.

    A Doçaria Central labora desde 1830, mantendo a fisionomia do passado sem deixar de ser moderna e atual.

    A Doçaria Central labora desde 1830, mantendo a fisionomia do passado sem deixar de ser moderna e atual.

    Tasca do Delfim

    Habitualmente situadas em velhos edifícios, nas tascas ou tabernas tradicionais é possível misturar-se com os frequentadores locais e saborear petiscos e vinhos da região. O espaço costuma ser diminuto, poucas cadeiras ou mesmo nenhumas, espaço apenas para estar de pé o suficiente para poder apreciar um petisco e dar dois dedos de conversa com um vizinho. A Tasca do Delfim em Arcos de Valdevez é um perfeito exemplo da tasca ou adega tradicional portuguesa, segundo este documento em inglês.

    Pelourinho (séc. XVI)
    Monumento Nacional, Dec. 16-06-1910, DG 136 de 26-06-1910; ZEP, DG 125 de 26-05-1964)

    Em 1515 D. Manuel I concede foral à vila de Arcos, facto que impulsiona a construção do pelourinho. Até 1700 esteve colocado no centro da Praça Municipal, altura em que é mudado para a beira rio, sendo posteriormente, em 1895, implantado num largo junto à fachada Sul da Matriz; em 1998 é colocado na sua localização atual. Da autoria de João Lopes, trata-se de um exemplar singular, com um pilar torso e roca cónica, apresentando um fuste robusto enrolado por três colunelos, colmatado por um capitel em forma de taça, decorado com os escudos nacionais e esferas armilares. É um dos poucos exemplares que apresenta o nome do canteiro gravado.

    Igreja Matriz (séc. XVII/XVIII)
    Imóvel de Interesse Público (Dec. 28/82)

    A igreja foi edificada por mercê de D. Pedro II sobre os alicerces de um templo anterior, provavelmente medieval, nos finais do século XVIII. Caraterizam-na a sua particular riqueza interior, com exemplares notáveis de altares de talha e pinturas dos finais do século XVII e segunda metade do XVIII. Em 1776 é edificada a capela do Calvário situada do lado Sul, um elemento notável de sensibilidade, formando um conjunto artístico nitidamente de estilo Rococó.

    Igreja do Espírito Santo (séc. XVII/XVIII)
    Imóvel de Interesse Público (Dec. 129/77, DR 226 de 29-09-1977)

    A Confraria do Espírito Santo, entidade responsável pela obra, estabeleceu-se na vila dos Arcos em 1549, iniciando a construção do templo em 1647, o qual se apresentava concluído em 1681. O edifício é um elemento de tradição Maneirista, com um exterior remodelado no século XIX, segundo um modelo de sobriedade neoclássica. O interior é notável pelos exemplares de talha e pintura dos finais do século XVII e da centúria seguinte, destacando-se, de igual modo, os notáveis exemplos de púlpitos esculpidos, atribuídos ao artista arcuense Manuel Gomes, e baseados em planos originais do pintor Álvares Costa.

     

    A Casa das Artes, património construído de valor, é hoje um centro cultural e uma biblioteca para a população de Arcos de Valdevez.

    A Casa das Artes, património construído de valor, é hoje um centro cultural e uma biblioteca para a população de Arcos de Valdevez.

    Casa das Artes (Séc. XVIII/IXI)

    Foi classificada em 1982 como Imóvel de Interesse Público. Atualmente é sede da Casa das Artes/ Biblioteca Municipal de Arcos de Valdevez.

    Paço da Giela
    Monumento Nacional (Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23-06-1910)

    O Paço da Giela, situado na freguesia de Giela e enquadrado na sua história, é um exemplar notável de arquitetura civil privada medieval e moderna. A sua origem está profundamente ligada à origem e formação da terra de Valdevez. Quando o Castelo de Santa Cruz cessou a sua atividade como ponto estratégico, a edificação da «casa-torre» de Giela marca um novo momento de proteção e domínio senhorial e régio sobre a área. Atualmente é visível a torre medieval bem como o corpo residencial com janelas «manuelinas» e entrada fortificada. A torre terá sido construída em meados do século XIV. Nos finais do século XV, inícios do século XVI, é edificada a área de residência, apresentando-se concluída em 1573. Em 1662 a artilharia portuguesa provoca danos sérios no edifício ao expulsar o general espanhol Pantoja. Nos séculos XVII e XVIII são feitas diversas modificações no corpo habitacional, iniciando-se a partir do século XIX uma fase de declínio e abandono. Em 1999 o imóvel foi adquirido pela autarquia local.

    projeto de recuperação, agora já concluído, foi em 2014 objeto de notícias na imprensa, que o esclarecem. Para uma opinião crítica do projeto de recuperação, pode consultar-se um texto, no entanto anterior à conclusão do projeto.

     

    Território Com Vida é um projeto para combater incêndios nas matas através do pastoreio de pequenos ruminantes. Alguns encantadores, como estes cabritinhos.

    Território Com Vida é um projeto para combater incêndios nas matas através do pastoreio de pequenos ruminantes. Alguns encantadores, como estes cabritinhos.

    Sábado 19, fim de tarde
    Visita ao projeto Habitat Natural e Território Com Vida – Grijó, Rio Frio

    Visitaremos a seguir o Habitat Natural, animado por Joaquim Carlos Dantas, a cerca de 15 km da vila de Arcos. Essa iniciativa, sob o lema «Melhor ambiente, melhor futuro!», elegeu o turismo sustentável como pilar fundamental da sua atividade, procurando transmitir a cultura local e respeitar o ambiente natural do território, favorecendo o equilíbrio entre experiências de férias e lazer e o meio ambiente. Assume o compromisso de promover a diversidade biológica, defender os hábitos e as tradições locais e proteger a vida selvagem, para que cada vez mais pessoas possam disfrutar deste recanto, com o objetivo de que venha a servir também as gerações seguintes.

    A Campo Aberto está em vias de celebrar um protocolo de colaboração com este empreendimento, que deu entretanto origem a uma associação com mais vastas ambições embora com idêntica filosofia, a Associação Território Com Vida, resultante do projeto com o mesmo nome vencedor do concurso FAZ/IOP – Ideias de Origem Portuguesa, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela COTEC, com o alto patrocínio da Presidência da Republica.

    Território Com Vida: os pequenos ruminantes ajudam a combater os fogos nas matas.

    Território Com Vida: os pequenos ruminantes ajudam a combater os fogos nas matas.

    Sábado 19, noite
    No CEIA – Centro de Educação e Interpretação Ambiental
    da Paisagem Protegida de Corno de Bico

    Antes de pernoitarmos neste Centro, ser-nos-á mostrado um filme sobre a Paisagem Protegida do Corno de Bico, situada aqui no concelho de Paredes de Coura.

    CEIA

    Esse município conta com este importante património e zela por ele, estando-lhe confiada uma missão de anfitrião para os que o visitam, a qual se concretiza também no alojamento disponível aqui.

    Rochedos

    Uma paisagem protegida é uma área de paisagens naturais, seminaturais e humanizadas, cujas caraterísticas e valores naturais ou culturais lhe conferem um especial interesse a nível da região ou do país.

    Panorama

    A gestão da Paisagem Protegida do Corno de Bico está cometida à Câmara Municipal de Paredes de Coura. É um santuário natural com uma área de cerca de 2 170 hectares, e abrange cinco freguesias do concelho de Paredes de Coura: Bico, Castanheira, Cristelo, Parada e Vascões. É uma região essencialmente montanhosa, mas de contornos arredondados. Corno de Bico (883 m alt.) é a elevação de maior altitude.

    Matas-3

    No topo destas encostas, é possível ver «caos de blocos», aglomerados de blocos de granito (a rocha dominante da região) que dão à paisagem um aspeto caótico. Nas encostas verdejantes veem-se, retalhando a paisagem, muretes e socalcos – um testemunho da simples influência humana na paisagem – que permitem a prática da agricultura e imprimem um aspeto muito caraterístico à região. É na Paisagem Protegida que nasce o Rio Coura, a montante da ponte de Casaldate, em Parada.

    Esta área dispõe de um e-sítio no qual pode encontrar informação mais completa sobre os seus valores florísticos, faunísticos e paisagísticos.

    Domingo 20, manhã
    Visita ao Corno de Bico, com o projeto Habitat Natural

    Mata

    O Corno de Bico tem muito para ver. Não poderemos visitá-lo em minúcia mas poderemos contemplá-lo de certos pontos de vista mais interessantes e fazer uma ideia de alguns dos seus valores. O projeto Habitat Natural, mesmo aqui ao lado, poderá revelar-nos esses aspetos com conhecimento de causa aprofundado.

    Mata-2

    Domingo 20, na hora do almoço
    CENDUFE, TERRA DO PADRE HIMALAYA

    O Padre Himalaya, pioneiro e precursor a nível nacional e mundial da energia solar e da ecologia, está sepultado no cemitério da Igreja de Cendufe, onde se podem ver placas dedicadas à sua memória e obra. A Casa da Costa, lugar onde nasceu, será o local do almoço de domingo 20 de março na nossa visita. Por esse facto, a Campo Aberto agradece calorosamente ao atual proprietário, Senhor Alberto Viana (bem como à esposa e filhos), que conheceu e lidou com esse visionário pioneiro, ter-se espontaneamente disposto a receber-nos, e convidado a que fosse servido o almoço para este grupo em sua casa.

    Um português, arcuense nascido em Cendufe, radicado no Canadá, José Carlos Rodrigues, escreveu um comentário no blogue de Julie Dawn, em que diz ter escrito uma autobiografia, histórica e ficcional, do Padre Himalaya, em inglês, The Niche of Santiago, e refere: «Estou certo que o meu livro ajudará quem quer que visite o Norte de Portugal a entrar lentamente no contexto cultural do final do século XIX e XX e a aprender muito sobre esta extraordinária figura que ganhou o Grande Prémio da inovação em 1904 na feira mundial de S. Luís do Missouri – um verdadeiro pioneiro da energia solar e do ambiente.»

    Sobre o Padre Himalaya devem ler-se os numerosos trabalhos a ele consagrados pelo Professor Jacinto Rodrigues, e o seu blogue. Alguns desses seus livros podem encontrar-se na Campo Aberto, na nossa «lojinha» e/ou na nossa biblioteca. A Campo Aberto agradece os numerosos contactos em Arcos de Valdevez que o Professor Jacinto Rodrigues nos proporcionou na preparação desta visita.

    Está prevista antes do almoço uma curta passagem pela Associação Padre Himalaya, também em Cendufe, animada pela Professora Elisa e pelo Senhor Manuel Carvalho.

    Domingo 20, 15:30
    Visita a Sistelo, o «Tibete Português»

    Depois de conhecermos as paisagens na proximidade do rio Vez e os seus socalcos criados pelos agricultores da região ao longo do tempo, compreenderemos melhor por que razão o município de Arcos de Valdevez e a junta de freguesia de Sistelo, bem como a sua população, se opuseram com determinação e pertinácia ao projeto de uma mini-hídrica que iria alterar profundamente e destruir estas maravilhas paisagísticas. Uma petição para que não fosse autorizada essa construção juntou-se ao esforço dos locais e das autarquias do concelho, esforço que acabou por ter êxito no ano passado quando o governo decidiu não aprovar esse projeto.

    Socalcos

    Também conhecido como «Tibete português», esta aldeia tem de facto com que orgulhar-se. Aos valores patrimoniais naturais e paisagísticos junta-se agora o orgulho de terem sabido lutar pela sua preservação.
    Rio

    A construção, a ter sido autorizada, afetaria diretamente os territórios da freguesia de Sistelo (Arcos de Valdevez), bem como de Tangil e Merufe (Monção). Mas não teriam sido apenas estas freguesias as prejudicadas pela obra em causa, na medida em que a forte quebra de caudal do Rio Vez, causada pela construção do açude que esteve projetado, teria colocado em causa todo o curso do Rio, que é a espinha dorsal do território do Município de Arcos de Valdevez, ao longo do qual existem dezenas de moinhos, azenhas, praias fluviais e inclusive uma Ecovia.
    O Rio Vez é ainda conhecido, especialmente neste troço inicial, pela qualidade das suas águas, sendo um atrativo para atividades relacionadas com a pesca. Todo o território, devido à sua sensibilidade, está incluído na Rede Natura, sendo ainda área próxima ao Parque Nacional Peneda-Gerês, estando dentro da área classificada pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera.

    Mais socalcos

    Além de todos estes valores ambientais e naturais, devemos ainda frisar o valor cultural e paisagístico de Sistelo, conhecida pelos seus socalcos (em parte irrigados por água de levadas que teriam sido afetadas), que semanalmente levam até esta freguesia centenas de turistas. Sistelo tem sido, aliás, caso de estudo em diversas Faculdades nacionais e internacionais, devido ao seu ecossistema e, sobretudo, devido à relação que o homem estabeleceu aqui ao longo dos séculos com o território de montanha e de Rio.

    Sistelo-Solar

    Esta condição levou, aliás, à Proposta de Classificação de Sistelo como Paisagem Cultural Evolutiva Viva, em 2009. A esse respeito refiram-se as milenares calçadas que unem o Vale do Vez às partes altas do Planalto de Castro Laboreiro, e que teriam sido em parte afetadas para permitir o acesso à construção do açude. Ao mesmo tempo teria sido devastador todo o impacto patrimonial e paisagístico que teria tido a construção e presença das condutas, bem como o impacto negativo associado à colocação das redes de distribuição de energia (postes e linhas) de ligação à restante rede.

    Sistelo-verão

    O que admira é que sequer tal projeto tivesse sido concebido. Embora algumas situações semelhantes em grandes barragens, como no Sabor e no Tua, não tenham podido ser sustidas, é reconfortante ver que é possível impedir tais barbaridades quando as autarquias e as populações se unem e obtêm a solidariedade de muitos habitantes de outras regiões.

    RIBEIRA DA GRANJA E PARQUE ORIENTAL: JANEIRO E FEVEREIRO DE 2016

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    Um aspeto do Parque Oriental do Porto, na primeira parte construída.

    RIBEIRA DA GRANJA
    sábado 30 de janeiro às 9:15 (terminando pelas 12:30)

    Caso esteja interessada/o em participar nesta visita e não tenha recebido um email com as condições de participação, programa e processo de inscrição, por favor contacte: atividadesca@gmail.com

    Para saber algo mais sobre este espaço, consulte a compilação dos 113 espaços propostos na campanha. Uma vez no índice, ao abrir esse documento, procure o concelho do Porto e, neste, a Ribeira da Granja. Basta clicar no número de página dessa linha para encontrar uma ficha descritiva resultante do levantamento feito em 2007-2008.

    A referida compilação foi objeto de alguma atualização (parcial) em 2014 e 2015. A partir de 16 de janeiro, essa atualização deverá estar em linha, neste e-sítio.

    Pode ver aqui imagens da Ribeira da Granja após a reabilitação bem como imagens de 2007-2008 quando da elaboração da ficha descritiva já referida.

    A visita foi programada graças à colaboração da empresa municipal Águas do Porto e, em especial, das Eng.as Cláudia Costa e Joana Teixeira, a quem a Campo Aberto agradece.

     

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    Paisagem num troço da Ribeira da Granja recuperada, em Ramalde-Viso.

     

    PARQUE ORIENTAL DO PORTO
    sábado 27 de fevereiro às 10:45

    Caso esteja interessada/o em participar nesta visita e não tenha recebido um email com as condições de participação, programa e processo de inscrição, por favor contacte: atividadesca@gmail.com

    Siga as instruções já dadas atrás sobre a ficha descritiva da Ribeira da Granja. Pelo mesmo processo, mas agora clicando no número da página da ficha sobre o Parque Oriental, encontrará informações sobre o que era esse espaço anos antes de ter sido iniciada a sua construção, hoje ainda limitada a 10 hectares, cerca de um sétimo do total previsto.

    Neste álbum com fotografias atualizadas poderá ver alguns aspetos dessa pequena parte já construída.
    Imagens do estado do terreno em 2007-2008 também podem ser vistas.

    A visita será orientada pelo Autor do Parque, o Arq.º Sidónio Pardal. A visita faz parte do nosso programa para 2016 graças à colaboração da Divisão de Parques Urbanos da Câmara Municipal do Porto, em especial Eng.ª Liliana Ferreira, a quem a Campo Aberto agradece.

     

    JUNHO-10-2014-PORTO-ORIENTAL-3,9MB-IMG_1003

    Aspeto do Parque Oriental do Porto na pequena parte já construida.

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    Um comentário até agora.

    1. Antonio Leite diz:

      Parabéns pelo trabalho sistematizado e profundo que apresentam. Além do mais é lindo.

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