Resumo das notícias de interesse urbanístico e ambiental (Local Porto e
Local Minho do público e JN) (10 de Outubro). Para os textos integrais
ver as respectivas páginas electrónica ou em papel.
Quinta-feira, 10 de Outubro de 2002
Bairro insatisfeito
Associação de S. João de Deus critica Câmara
A Associação Comunitária do Bairro de S. João de Deus está descontente com a
actuação da Câmara do Porto. A falta de diálogo é uma das queixas dos
moradores, criticando o lento realojamento das famílias que já pediram a
transferência.
FAP apoia a luta da Reitoria
erika nunes
O reitor da Universidade do Porto, Novais Barbosa, vai reunir-se, na próxima
segunda-feira, com responsáveis da Direcção-Geral do Património (DGP), na
tentativa de impedir a venda, em hasta pública, marcada para o próximo dia
24, de um terreno no Beco do Paç o. A universidade pretende construir uma
cantina e uma residência universitárias no espaço, adquirido em 1971, e que
o Ministério das Finanças entendeu “excedentário”, pretendendo vendê-lo, no
mínimo, por 2,150 milhões de euros. A DGP informou a Universidade doPorto
que só retiraria o imóvel do leilão se a instituição pagasse o valor de
avaliação do terreno.
Futuro da cidade preocupa
Os ambientalistas agrupados no movimento ecológico “Campo Aberto” estão
cépticos quanto ao futuro da cidade do Porto. Ontem, em conferência de
Imprensa, José Carlos Marques afirmou que “Rui Rio tem insistido na herança
recebida dos executivos anteriores”, ma s que não se “coibiu de aprovar a
construção de mais um hotel dez pisos, a dez metros da ribeira da Granja, em
terrenos contemplados no plano municipal de valorização da linha de água”.
Generosidade
Um sentimento que para tudo é necessário
O compromisso ainda que livremente assumido – de, periodicamente, trazer a
público temas da cidade que tenham a ver com a arquitectura, o urbanismo ou
com as chamadas artes do espaço em geral é, antes do mais, um exercício que
exige disciplina e respeito po r todos quantos, de um modo ou de outro,
intervêm na vida da cidade. Contudo, a primeira e, porventura, a maior das
dificuldades que o cronista experimenta é, exactamente, a da escolha do
tema. Uma cidade é, por definição, uma quase infinidade de temas e, logo aí,
se multiplica a dificuldade. O primeiro impulso e a quase natural tentação é
a da escolha de temas que se referem a aspectos negativos da vida da cidade
e que, de qualquer modo, é necessário corrigir ou evitar.
Torres Altis “irreversíveis”
Gomes nega qualquer responsabilidade
carla sofia luz
A construção das Torres Altis, na Rua de Diogo Botelho (Porto), é
“irreversível”. O ex-presidente da Câmara do Porto, Fernando Gomes,
defendeu, ontem, o licenciamento do empreendimento como a única alternativa
para evitar o pagamento de uma indemnização mili onária.
Um novo plano lá para 2004
De acordo com o decreto-lei 380/99, de 22 de Setembro, antes de existir um
novo PDM (ou o PDM revisto, como se queira) há, ainda, muitos passos a dar.
Em Novembro próximo, o PDM será apresentado à Câmara, que tomará uma posição
sobre o mesmo no mês seguinte. Depois, entre Janeiro e Fevereiro de 2003, é
a vez da Comissão Técnica de Acompanhamento dar o seu parecer, antes da
entrada do PDM em discussão públi ca, o que se desenrolará entre Abril e
Junho do mesmo ano.
Vida muito difícil para os automóveis
Câmara e equipa que está a fazer o novo PDM querem prioridade para o Metro e
para os eléctricos
JORGE VILAS
A avaliar pela disposição demonstrada por Ricardo Figueiredo, no primeiro
debate público sobre a revisão do Plano Director Municipal (PDM), os
automobilistas da cidade do Porto vão ter uma vida muito difícil, a partir
do momento em que o novo documento entre em vigor.
Viana do Castelo: Alterações do PDM afectam as aldeias
Documento, pronto até Dezembro, aponta para a desafectação de terrenos na
reserva agrícola
ABÌLIO FARIA
Onze anos depois de ter sido aprovado, o Plano Director Municipal (PDM) de
Viana do Castelo está a ser revisto, ficando pronto no próximo mês de
Dezembro.
Arcos de Valdevez: Autarquias querem ver aprovado plano das albufeiras
CARLOS LOURENÇO
Os presidentes das câmaras municipais de Arcos de Valdevez e de Ponte da
Barca reclamam a ratificação do Plano das Albufeiras do Alto Lindoso e de
Touvedo (POATAL), documento concluído há três anos.
S. João da Madeira: Cidade faz anos com parque novo
Ministro inaugura projecto de Sidónio Pardal
salomão rodrigues
A inauguração do Jardim Municipal, uma extensa área verde projectada pelo
arquitecto Sidónio Pardal, marca as comemorações dos 76 anos concelhios de
São João da Madeira.
Ponte de Lima: Criada associação para proteger os animais
LUÍS OLIVEIRA
É, hoje, formalmente constituída a Associação Limiana dos Amigos dos Animais
de Rua, a primeira colectividade do género, do concelho.
Vila Real: Lixeiras mancham região duriense
Aterros sem capacidade para receber lixo
No Douro Vinhateiro, com o título de património mundial, são cada vez mais
as lixeiras clandestinas nas bermas das estradas, que se tornaram numa das
maiores nódoas da região. Um passeio pelas estradas do Douro mostra centenas
de lixeiras clandestinas e inúmeras sucatas. Para o engenheiro José Guerra,
da SERURB Douro, empresa que faz a recolha dos lixos urbanos nos concelhos
de Mesão Frio e da Régua, os lixos visíveis nas bermas das estradas são
apenas a “ponta do icebergue” de tudo o que existe espalhado pela região.
Por exemplo, quem sobe a estrada que leva à localidade de Oliveira, concelho
de Mesão Frio, vai encontrar do lado esquerdo, e a escassos quilómetros da
aldeia, um verdadeiro “hipermercado de lixo”.
Guimarães: Revisão do PDM trava construção
Câmara vai recusar muitos pedidos para construir
JOAQUIM FORTE
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães anunciou, ontem, que a revisão
do Plano Director Municipal (PDM) vai “travar” a ofensiva de construção no
concelho. O autarca defendeu a necessidade de, a todo o custo, evitar que se
instalem “conceitos de ligeir eza construtiva”, numa linha de preocupação
ambiental. Consciente de que isso não agradará a todos, principalmente a
quem tem pretensões ao nível da construção, António Magalhães garantiu que a
maioria dos pedidos (mais de uma centena), para que terrenos inseridos na
Reserva Agrícola recebam aptidão construtiva sairá frustrada.
Vila Nova de Cerveira: Só há quinta ponte no rio Minho em 2003
Ferry-boat de Caminha vai resistir à espera de nova travessia na foz
LUÍS OLIVEIRA
É já visível parte da estrutura da ponte que efectuará a ligação entre Vila
Nova de Cerveira e Goyan, na Galiza, que irá mudar, radicalmente, o diálogo
fronteiriço na região. Será a quinta travessia no rio Minho, a seguir às
duas de Valença, à de Monção e à de Melgaço.
A estrada possível e não a desejável
Na construção da Via de Cintura Interna, não foram respeitadas as regras dos
afastamentos exigíveis nas vias de muito tráfego
JORGE VILAS
À medida que vão crescendo as construções à margem da Via de Cintura Interna
(VCI), há quem se interrogue quanto à legitimidade dos afastamentos que
estão a ser observados em relação às faixas de rodagem. Estarão a ser
respeitados os parâmetros estabelecidos para as auto-estradas ou, pelo
contrário, é a própria VCI que nunca deveria ter sido construída, afirma-se
com amiudada frequência.
Em 1978, a Via de Cintura Interna era, conforme salientamos em separado, um
risco no mapa da cidade. Dela existia apenas um troço entre a ponte da
Arrábida, inaugurada em 1963, e a enorme rotunda construída no local onde
hoje se encontra o nó de Francos, que está em vias de ser reformulado.
Gomes toma posição sobre Torres Altis PDM do Porto visto pelos
ambientalistas Novo centro de convíviode reformados Maia inaugura ampliações
de escolas
O ex-presidente da Câmara do Porto, Fernando Gomes, vai tomar hoje uma
posição pública sobre a polémica que tem rodeado a construção das Torres
Altis. Numa nota enviada às redacções, Fernando Gomes informa que irá à
Câmara do Porto consultar o processo e que , em seguida, falará sobre a
matéria. O ex-autarca adianta que vai pronunciar-se porque, no decurso da
polémica, tem sido posta em causa a gestão socialista da autarquia.
Um risco no mapa da cidade
Universidade põe Estado em tribunal
Em causa pagamento de terreno destinado a cantina
helena norte
Se a Universidade do Porto (UP) quiser manter o terreno do Beco do Paço
onde projecta construir uma residência e uma cantina universitárias, mas que
o Ministério das Finanças quer vender em hasta pública vai ter de pagar
2,150 milhões de euros. É essa, segundo se soube ontem, a resposta da
Direcção Geral do Património (DGP) à perplexidade manifestada pela Reitoria
da UP, que não está disposta a pagar por aquilo que considera ser seu, e se
prepara para enfrentar a administração central por via judicial.
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